Os Estados Unidos acusaram a fabricante de drones DJI de ser uma espiã chinesa. Um documento interno da seção de Los Angeles do Serviço de Imigração e Controle de Aduaneira dos EUA (ICE) emitido em agosto desse ano afirma que a companhia “vem fornecendo dados críticos sobre infraestrutura e aplicação da lei” nas EUA para o governo da China.
Ainda de acordo com o memorando, a fonte da informação seriam “relatórios abertos e uma fonte confiável da área de indústria de sistemas aéreos não tripulados com acesso de primeira e segunda mão”. E o que seriam esses “dados críticos”? De acordo com o documento, a DJI estaria monitorando infraestrutura ferroviária e de utilidade pública, além de entidades policiais, armazéns de armas e também companhias de fornecimento de água.
Para os oficiais do ICE, essas informações poderiam ser utilizadas pelo governo do país asiático “para conduzir ataques físicos ou virtuais contra os Estados Unidos e a sua população”. Esta sequer é a primeira vez que a DJI é acusada de ser uma espiã pelo país liderado por Donald Trump: em agosto, o Exército dos EUA determinou a suspensão imediata da utilização de drones da marca chinesa por motivo de cibersegurança.
DJI responde
Para a DJI, o documento do órgão do governo dos EUA foi “baseado em acusações equivocadas e claramente falsas”. Para a empresa, “as alegações no boletim são tão profundamente erradas quanto aos fatos que a ICE deveria considerar a sua remoção ou, ao menos, a correção de afirmações sem base.”
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