A empresa norte-americana BitScope usou 750 unidades do minicomputador Raspberry Pi 3 para criar uma espécie de supercomputador caseiro. Os desenvolvedores reuniram as peças em cinco clusters e, com a máquina finalizada, têm à sua disposição um equipamento barato para testar softwares que posteriormente serão utilizados em supercomputadores convencionais.
“Não é como se você tivesse uma máquina de peta-escala por aí para realizar pesquisa e desenvolvimento em softwares de sistemas escaláveis”, comentou um representante do projeto. “Os módulos de Raspberry Pi permite aos desenvolvedores descobrirem como escrever este software e como colocá-lo para funcionar de forma confiável, sem precisar de uma plataforma de testes dedicada do mesmo tamanho.”
Cada placa Raspberry Pi conta com processador quad-core e 1 GB de memória RAM — e são 600 núcleos equipados em cada grande um dos seis grandes módulos. Esse “monstro” foi desenvolvido em parceria com o Laboratório Nacional de Los Alamos, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, e resultou em uma economia de US$ 250 milhões.
Clusters repletos de Raspberry Pi viraram um supercomputador.
Isso porque o novo supercomputador caseiro servirá como base de testes para o supercomputador Trinity, do Laboratório Nacional de Los Alamos. Essa máquina conta com 19.420 nódulos, que são pequenos conjuntos que reúnem processador Intel Xeon, memória RAM e espaço para armazenamento.
Montar uma máquina convencional igual a essa custaria US$ 250 milhões, além de todo o custo associado para manter o equipamento resfriado e funcionando bem. Assim, a alternativa se mostra especialmente mais em conta e da mesma forma funcional para os seus propósitos — os 750 Raspberry Pi saem por cerca de US$ 26 mil.
“As simulações de cluster pode ajudar até certo ponto, mas, em muitos casos, problemas reais podem acontecer e mitigar a sua efetividade”, informou a BitScope. “O que é realmente necessário é uma plataforma de desenvolvimento de baixo custo na qual seja possível pesquisar e desenvolver novas ideias de protótipos sem o custo de construir um supercomputador funcional e em tamanho natural para realizar essa pesquisa.”
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