Que ideias como a jaqueta inteligente da Google certamente são interessantes, isso não temos como negar. O problema? Os componentes envolvidos no uso desse aparelho fazem dele frágil ao ponto de que, após certo uso, os eletrônicos acabam sendo inutilizados. Mas e se você pudesse remover essa limitação, transformando o próprio tecido dos trajes em uma roupa inteligente? Pois é isso que um grupo de pesquisadores da Universidade de Washington está desenvolvendo.
A ideia, segundo o anúncio feito pela própria universidade, é usar tecidos condutores e manipular suas propriedades magnéticas para armazenar dados que possam ser lidos por magnetômetros (algo comum de ser encontrado em smartphones). “Você pode pensar no tecido como um disco rígido – você, na verdade, está fazendo esse armazenamento de dados nas roupas que está vestindo”, explicou Shyam Gollakota, autor sênior da pesquisa.
Os usos possíveis para isso são vários. Como mostrado pelos próprios pesquisadores, é possível adicionar uma senha a uma parte de suas roupas e, com isso, substituir cartões magnéticos comuns para se identificar. Não limitada a isso, a tecnologia pode ser utilizada em conjunto de um smartphone, permitindo executar comandos no seu celular com a ajuda de uma luva de tecido magnético sem precisa tirar o aparelho do bolso.
Como se tudo isso não fosse impressionante o suficiente, a tecnologia pode ser bordada em roupas com a ajuda de máquinas de costura comuns. Além disso, ela retém seus dados mesmo depois de passar por testes de resistência, como lavagem, secagem e temperaturas de 160°C. A má notícia é que, assim como chaves magnéticas de hotéis, esse tecido perde 30% de seu sinal após uma semana, mas é só remagnetizar o objeto – o que pode ser feito múltiplas vezes.
Junte a tudo isso o fato de que esse tecido pode ser facilmente usado em pulseiras, colares, gravatas e até cintos e o resultado é simples: uma tecnologia que, com sorte, pode ser uma chave pessoal para todo o tipo de aparelho e até software. Resta agora ver se essa pesquisa chegará de alguma forma ao mercado – e como eles vão utilizar essa ideia em nosso dia a dia.
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