A Nokia não vai mais produzir sua câmera de vídeos de 360 graus e realidade virtual (ou virtual reality — VR). A companhia divulgou em release oficial nesta terça-feira (10) que vai se dedicar mais aos produtos digitais para cuidados da saúde e com isso encerra a fabricação da Ozo e 310 frentes de trabalho nas unidades da Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos.
Ritmo lento do mercado VR e alto preço da Ozo foram principais razões do fim do produto
“A mudança aprofunda o compromisso da Nokia de aproveitar totalmente o portfólio de saúde digital adquirido com a compra da Withings em 2016. Através de um negócio mais focado e ágil, a Nokia pretende ter maior impacto com os consumidores e a comunidade médica”, justifica o anúncio.
A finlandesa prometeu manter o suporte com os clientes existentes e o que restar de sua divisão VR será negociada com parceiros interessados em licenciamento de sua marca e hardware.
Gadget caro e mercado morno
Quando surgiu, a câmera Ozo tinha a promessa de ser um novo padrão de captura profissional, de edição e reprodução de conteúdo. O poder do gadget até mesmo era visto por muitos como um ponto de partida para a empresa, algo capaz de reabilitar a finlandesa após a venda da divisão mobile para a Microsoft.
Produto ainda está à venda na loja oficial e o preço continua salgado
Contudo, o desenvolvimento do mercado VR ainda é lento e o altíssimo preço do produto da Nokia desanimou os consumidores. Inicialmente, chegou a ser comercializada por incríveis US$ 60 mil (algo em torno de R$ 190 mil, sem taxas) e depois teve queda de preço para US$ 45 mil (cerca de R$ 143 mil). O gadget continua à venda, agora a 23.500 euros (aproximadamente R$ 88 mil).
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