O novíssimo iPhone X tem como um dos principais destaques a sua câmera frontal. Por meio do sistema batizado de TrueDepth, a Apple promete uma autenticação instantânea utilizando o rosto do usuário, método que não pode ser enganado utilizando uma foto, por exemplo. Nesse novo smartphone, o Face ID veio para substituir o Touch ID, mudança que gerou certa polêmica.
A despeito disso, o analista da conhecida KGI Securities, Ming-Chi Kuo, acredita que o TrueDepth é o verdadeiro trunfo do iPhone X. De acordo com o seu relatório mais recente da casa de análise, o sistema utilizado na câmera frontal do smartphone só será copiado por outras fabricantes daqui dois anos e meio, o que dá muito espaço para a Apple se posicionar bem nesse segmento.
O que coloca a Apple a frente de seus concorrentes são as tecnologias e a complexidade do TrueDepth. Segundo pudemos conferir na apresentação do iPhone X, o módulo projetor na câmera frontal do aparelho é capaz de gerar 30 mil pontos infravermelhos, criando um mapa completo do rosto do usuário, levando em conta profundidade e detalhes mínimos da face. Porém, toda essa complexidade tem o seu preço.
Dificuldade para atender a demanda
Ainda de acordo com o analista, a complexidade do sistema TrueDepth tem como consequência a dificuldade em produzi-lo. Para atender a demanda, a Apple precisaria produzir milhares de unidades do iPhone X, o que Ming-Chi Kuo acredita ser praticamente impossível para a situação de manufatura atual da empresa. A estimativa é de que a Apple envie cerca de 40 milhões de unidades do novo aparelho, número bastante elevado se considerarmos o seu alto custo para o consumidor final.
Porém, a Apple deveria estar se preocupando com a aceitação do Face ID e não com a sua capacidade tecnológica. É difícil estimar como o público vai responder a substituição do Touch ID, especialmente considerando que o iPhone 8 e o iPhone 8 Plus ainda utilizam esse sistema de autenticação. Acredito que o método mais inteligente teria sido trazer o Face ID como um complemento, não como um substituto. Mas somente o tempo dirá se a Apple acertou em cheio ou se errou ao deixar de lado a biometria de digitais.
Fontes