Na última quinta-feira (21), a Microsoft e o Facebook anunciaram que finalmente concluíram a instalação de um gigantesco cabo de transmissão de dados no Oceano Atlântico. Chamado de Marea, essa conexão foi construída pela Telxius (uma das empresas de telecom da Telefônica) e será capaz de transmitir até 160 terabits por segundo. Essa capacidade é o suficiente para atender a demanda de até 71 milhões de vídeos em streaming de alta-definição ao mesmo tempo.
O Marea tem mais de 6 mil quilômetros de comprimento e será o primeiro cabo a conectar os Estados Unidos ao sul da Europa. Ligando a cidade de Virginia e Bilbao, no norte da Espanha, essa conexão atenderá uma das rotas de maior tráfego do mundo. Por ali passam 55% a mais de dados quando comparado às conexões do Oceano Pacífico e 40% a mais do que a rota que liga os EUA com a América Latina.
Patrocínio forte
A Microsoft e o Facebook foram os maiores apoiadores desse projeto. Afinal, a infraestrutura implementada favorecerá não somente a internet como um todo, mas os negócios que as empresas desenvolvem, que dependem bastante da grande rede. Não por coincidência, as duas empresas possuem data centers na cidade de Virginia.
Por meio de um comunicado oficial à imprensa, a Microsoft diz que o Marea é um reforço importante para atender a demanda crescente por internet e que o cuba ajudará a manter a resiliência da rede frente a inúmeros desastres naturais, em especial aqueles que atingiram diversos países da costa do atlântico recentemente.
Muita tecnologia
É incrível perceber que o cabo Marea possui praticamente a mesma espessura que as mangueiras usadas pelo corpo de bombeiros. Porém, por dentro ela é completamente diferente. São oito pares de cabos de fibra óptica, que são envolvidos por cobre, uma camada protetora de plástico rígido e um revestimento à prova d’água.
Perto da costa, o cabo foi enterrado para proteger peixes e embarcações. Em alto mar, ele fica repousando sobre o solo do oceano. Essa verdadeira obra da tecnologia e engenharia foi finalizada em menos de dois anos. A expectativa é de que o Marea esteja totalmente operacional logo no início de 2018.
Fontes