É possível que você conheça alguns dados sobre a CPU da sua máquina, mas talvez você não tenha noção do real poder de processamento do seu processador. A verdade é que os atuais chips são muito poderosos para as atividades comuns do dia a dia.
Eles têm muitos núcleos, memória cache e trabalham com clocks elevados. As tarefas são executadas em segundos e, inclusive, o processador tem um tempinho de folga enquanto aguarda resposta da memória, do disco rígido ou de outros componentes.
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Em outros casos, um determinado aplicativo que você abriu já foi devidamente carregado e você apenas realizará a leitura de um conteúdo. Enfim, há muitas situações em que a CPU da sua máquina está mais relaxando do que trabalhando.
Agora, você já parou para pensar o que a unidade central de processamento faz quando não tem nada pra fazer? Em quais situações ela realmente para de operar? Será que o computador economiza energia nesse tipo de situação? Hoje, nós trazemos alguns esclarecimentos para você que deseja conhecer sua máquina a fundo.
Cuidando de tarefas ociosas
Conforme apontado pelo blogueiro Gustavo Duarte, há algumas atividades que são conhecidas como “tarefas ociosas”. Pode ser que, ao acessar o Gerenciador de Tarefas do Windows, você já tenha visto uma tarefa chamada “Tempo Ocioso do Sistema”. Pois então, esse é o tipo de coisa que dá trabalho ao processador quando ele não tem nada para fazer.
Dessa forma, podemos dizer que mesmo quando está descansando, a CPU continua ativa. Se é assim, então para que serve esse tipo de tarefa? Bom, o processador — assim como nosso cérebro — não consegue ficar sem pensar, ou processar, alguma coisa. Ele precisa se manter ocupado e monitorar tudo que acontece.
No tempo ocioso, a unidade central de processamento fica de olho em todos os softwares que estão rodando em segundo plano, verificando se há algo em que ele possa ajudar ou se há uma interação do utilizador. Ele também monitora todos os movimentos do usuário, já que ele precisa rapidamente parar de descansar e começar a trabalhar em função de uma ordem dada.
As tarefas ociosas servem justamente para validar todo esse panorama. Em intervalos pré-determinados (no kernel do sistema) de milissegundos, o sistema ordena para que o processador verifique se a condição de ociosidade ainda é válida, solicitando que ele averigue que não há nada a fazer e que o usuário não realizou nenhuma alteração.
Ociosidade depois das prioridades
Ainda que o processo de Tempo Ocioso do Sistema seja executado constantemente, ele só entra em ação quando não há outras tarefas na fila de prioridades. Ao entrar em atividade, algumas pessoas ficam preocupadas, já que ele toma quase 100% do processamento, o que inviabiliza o trabalho com qualquer outro software.
A verdade, conforme indica o ExtremeTech, é que e a porcentagem de uso desse processo funciona de forma inversa, ou seja, a ocupação máxima com esse item significa que seu processador está sem fazer nada, só monitorando e aguardando por novas instruções — o que convenhamos que é a maior moleza, considerando o trabalho habitual da CPU.
Poupando energia
Para quem estava se questionando quanto ao consumo do processador em estado ocioso, podemos esclarecer rapidamente: sim, seu computador economiza energia ao entrar nesse modo de atividade. Entretanto, é preciso fazer algumas considerações para entender como isso é possível.
Bom, no caso do Windows, tudo começa por conta de uma instrução chamada Halt (HLT). É ela quem determina quando o chip está pronto para poupar esforços e indica que o processo de ociosidade deve ser ativado. Além de fazer isso, a HLT também serve para informar à CPU que ela pode reduzir sua frequência de funcionamento e ativar outras funções de economia.
Lembra-se dos intervalos de ociosidade que falamos logo acima? Então, o HLT serve também para regular de quanto em quanto tempo que o processador vai trabalhar e determinar se ele deve continuar ocioso ou ativo. Quanto maiores esses intervalos, menos energia será gasta, já que o processador fica somente no aguardo e continua com o clock baixo.
Um dos grandes desafios em termos de processador é justamente reduzir o consumo de energia. Com as melhorias nos processos de ociosidade, os chips da Intel e da AMD têm apresentando resultados cada vez melhores (isso sem contar as próprias novidades de arquiteturas e evoluções das CPUs), o que garante mais tempo de bateria nos notebooks.
No fim das contas, as pessoas acreditam que o processador está descansando quando está ocioso, mas para o chip processar nada ou processar alguma coisa dá quase na mesma. Se você quer realmente dar uma folga para o seu PC, então a melhor ideia é desligá-lo (e considere que alguns componentes ainda podem ficar ativos).
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