No dia 12 de maio, as ações da Apple alcançaram seu mais alto valor de mercado, cotadas a US$ 156,10. Mas, de lá para cá, as notícias não foram boas para a companhia do Vale do Silício.
Desde então, os papéis vem acumulando queda. Até agora, a baixa era de 8% . Nesta segunda-feira (12), a empresa registrava queda de mais de 2% nas ações negociadas na Bolsa de Valores de NASDAQ.
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E o mercado não demorou a reagir. O banco japonês Mizuho chegou a rebaixar a avaliação da Apple de “buy” (indicação usada quando o conselho é de comprar ações) para “hold” (esperar) e seu preço-alvo foi de US$ 160 para US$ 150.
A interpretação do analista da instituição financeira Abhey Lamba é a de que o tão esperado iPhone 8, que deve ser lançado em setembro, não deve alavancar as vendas da companhia. Depois do anuncio do Mizuho, os papéis da companhia caíram 3%.
Lamba acredita que houve muito entusiasmo a respeito do novo ciclo de produtos lançados pela Apple na semana passada.“Nós acreditamos que as vendas do novo iPhone serão, predominantemente, de consumidores da Apple que trocarão seus iPhones pelo novo, o que, na nossa visão, não mudará o valor da Apple como companhia”, escreveu Lamba.
Outras empresas afetadas
A Apple, contudo, não foi a única a sentir um balanço em seu desempenho no mercado. Os investidores estão começando a ficar nervosos a respeito de companhias de tecnologia que cresceram muito neste primeiro semestre.
Na sexta-feira, um analista do banco de investimentos Goldman Sachs comparou a situação de empresas como Amazon, Facebook, Alphabet, Microsoft, Netflix e Apple, com as líderes de tecnologia no final de 1999 – pouco antes de a bolha da internet estourar.
Mesmo com a queda, contudo, as ações da Apple continuam em alta de 25% este ano. Facebook e Amazon, estão 30% mais valiosas. É por conta desse rápido crescimento que alguns especialistas acreditam que ações de tecnologia desafiaram a gravidade este ano - o que pode ser um mau sinal para alguns analistas.
Andy Hargreaves, analista de equity na consultoria Pacific Crest Securities também rebaixou a qualificação dos papeis da Apple na semana passada. Numa nota distribuída aos clientes, ele também afirmou que havia empolgação demais sobre o iPhone 8.
Não há consenso
O analista de Wall Street Brian White, da Drexel Hamilton, vê o momento de forma diferente. Ele acredita que a atual baixa das ações da Apple seja o momento certo para indicar a seus clientes a compra de papeis. “Nós continuamos a acreditar que a Apple está entre as ações mais subestimadas no mundo", afirmou ele, em documento aos clientes”.
White afirmou ainda que a companhia “vem demonstrando resiliência por meio de sua habilidade única de desenvolver hardware, software e serviços que funcionam perfeitamente juntos, apesar de preocupações constantes de que a fabricante do iPhone será vítima dos mesmos erros que mataram companhias de eletrônicos no passado”.
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