Logo quando a gente começa a achar que a tecnologia tornou a “sobrevivência do mais forte” algo obsoleto, nos deparamos com a versão digital da seleção natural. As pessoas se esquecem de que arquivos privados armazenados em aparelhos eletrônicos podem acabar caindo em mãos erradas, e são pegas desprevenidas quando a “caca” atinge o ventilador. É o caso do britânico Peter Shaw, de 22 anos, que guardava algumas fotos singelas em seu celular: imagens dele mesmo produzindo as drogas que vendia.
Quando Peter foi abordado pela polícia na porta se sua casa, em Nottingham, sob suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, os agentes nem desconfiavam que encontrariam provas contundentes no telefone do rapaz. Ao verificar o celular, encontraram imagens nas quais Peter estava de luva e máscara no meio do seu “trabalho” caseiro, preparando as substâncias no conforto de sua cozinha.
Valeu, inclusão digital!
Além da sequência em que prepara o material, clicada por um amigo, foram encontradas fotos de pilhas de dinheiro e imagens de diversos entorpecentes, de maconha a pedras de crack. Como se não bastasse andar por aí com um telefone contendo tudo isso, Peter não tinha medo de fazer postagens no Facebook exaltando seu arriscado – e ilegal – estilo de vida.
Na rede social, há muitas fotos de dinheiro vivo, além de mais imagens de drogas sendo exibidas em casa e na rua e até retratos onde Peter consome um cigarro mais suspeito. Para mostrar que não temia muito as consequências, o jovem postou na véspera de Natal de 2013 uma foto que tinha tudo a ver com o clima do feriado para ele: uma pequena árvore natalina feita de cannabis.
Diante de todo conteúdo encontrado pela polícia, Peter se considerou culpado e foi condenado a três anos e cinco meses de cadeia. “O caso de Shaw foi resolvido graças ao seu próprio ego, que permitiu que um amigo o fotografasse cometendo o crime. Ele literalmente foi pego no ato pela câmera”, disse o detetive Steve Fenyn, da polícia de Nottingham.
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