Na ponta do lápis, reduções de impostos podem não ser tão vantajosas para o consumidor (Fonte da imagem: iStock)
Cada notícia sobre isenção ou redução nos impostos para aparelhos eletrônicos é comemorada pelos fanáticos brasileiros. O problema é que essas mudanças dificilmente se refletem em reduções consistentes de preços para o consumidor final, apesar de representarem fortes incentivos para a indústria.
Para o consultor em finanças Marcos Crivelaro, entrevistado pelo site Olhar Digital, o motivo para isso é uma visão egoísta executada pelos produtores. De acordo com ele, a maioria das empresas chega ao Brasil esperando uma maior rentabilidade, sem pensar no panorama geral e privilegiar a inovação tecnológica do país.
Nem mesmo medidas que estipulam um teto no preço de equipamentos eletrônicos – como a Lei do Bem, que estabeleceu um valor máximo de US$ 200 (cerca de R$ 400) para laptops participantes – são respeitadas. Crivelaro alerta que esse tipo de parâmetro não existe nas novas resoluções, que incluirão smartphones e tablets nos benefícios governamentais. Quer dizer, é possível que os preços finais também não venham a diminuir.
O outro lado
A Motorola Mobility discorda dessa visão. De acordo com a companhia, a isenção do PIS/COFINS para celulares deve reduzir o valor de smartphones fabricados por aqui, como é o caso do Rarz HD 4G, recém-lançado. Apesar de não falar em preços exatos, a companhia informa que eles devem cair em breve.
Já para a Lenovo, o grande benefício é um aumento no portfólio de produtos. De acordo com o porta-voz da fabricante, uma baixa nos impostos significa a possibilidade de ampliação de infraestrutura e uma produção mais barata, permitindo a chegada de mais produtos e a utilização de mão de obra totalmente nacional nas fábricas da companhia.
Fonte: Olhar Digital