Os dados estariam armazenados na sede da DGSE, em Paris. (Fonte da imagem: Reprodução/Engadget)
A acusação é grave e, até o momento, todas as provas acerca da suposta atividade ilegal não passam de afirmações feitas pelo jornal Le Monde. Sob o título de “Revelações sobre o Big Brother Francês” (em tradução livre), diversas afirmações a respeito da realização de espionagem por parte da DGSE (Direção Geral de Segurança Externa) são listadas.
“A DGSE coleta trilhões de dados e os armazena em Paris em três níveis, no porão de sua sede. O serviço de inteligência francês possui um computador capaz de processar dezenas de milhões de gigabytes”, pode-se ler no jornal. De acordo ainda com a tal fonte, o objetivo não é – ao contrário do que se pode pensar em um primeiro momento – coletar o conteúdo trocado via mídias entre os cidadãos.
Um esquema complexo de espionagem estaria sendo revelado? (Fonte da imagem: Reprodução/After-Equity)
Os registros feitos via telefone, email, SMS, fax, contas de Facebook, buscas realizadas via Google ou Yahoo!, entre tantas outras ferramentas virtuais de comunicação, são na realidade apenas monitorados. “O que a inteligência procura não é a mensagem em si, mas sim o seu ‘recipiente’”, escrevem os jornalistas Jacques Franck Follorou e Johannes. A intenção é, na opinião dos redatores, “estabelecer relações entre emissores e receptores das mensagens”.
Um irmão bastardo do PRISM estadunidense
A atividade é classificada como ilegal na França e tem sido comparada ao PRISM estadunidense (para ler mais sobre o assunto, clique aqui). Contudo, e ainda de acordo com os jornalistas, oito parlamentares escreveram um relatório comprometedor, atestando a prática em questão. “Desde 2008 o progresso tem sido feito em recursos de compartilhamento, especialmente no que diz respeito à inteligência de sinais, operada pela DGSE em favor de toda a comunidade de inteligência”, alega um trecho supostamente subtraído do tal relatório.
Ilustração sugere modo de operação da suposta espionagem. (Fonte da imagem: Reprodução/LeMonde)
Segundo a Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNL), “as requisições de interceptação de dados são feitas individualmente, não permitindo a monitoração de pessoas em larga escala” – o que torna o possível esquema de espionagem francês ilegal. Por ora, uma das posturas mais adequadas frente a essa bombástica notícia é manter-se atento às reverberações do tema mundo afora. O que o governo francês tem a dizer sobre a acusação? Fique ligado em nossas notícias e acompanhe o desfecho desta história.
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