As operadoras de telefonia oferecem planos com os mais variados valores e limites para os consumidores, mas parece que nem mesmo os planos mais completos conseguem cobrir os gastos dos senadores brasileiros.
Ao menos é o que é possível perceber pela ação mais recente do Ministério Público Federal que, através da Procuradoria da República, solicita um limite — de R$ 350 — para os gastos com celulares institucionais.
Devido à reincidência de despesas acima do normal nos últimos anos (apenas em 2008, foram 500 mil reais somente em contas de telefone celular), o MPF visa impedir a utilização desvirtuada e impedir gastos lesivos ao patrimônio público. Resumindo: a ideia é evitar que os senadores utilizem os recursos — que seriam para fins públicos — para interesses pessoais.
O site Exame inclusive relatou que há políticos que declararam contas acima de 1 mil reais, como Benedito de Lira (PP-AL), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Paulo Rocha (PT-PA). Ainda é citado que, no primeiro semestre, os gastos mensais de Aécio Neves (PSDB-MG) foram de quase R$ 907. A assessoria de Aécio, contudo, informa que ele não usa o celular institucional.
Confira os senadores que mais aproveitam o celular institucional:
- Benedito de Lira (PP-AL) - R$ 1.308,35
- Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) - R$ 1.191,12
- Paulo Rocha (PT-PA) - R$ 1.061,62
- Aécio Neves (PSDB-MG) - R$ 907,41
- Paulo Paim (PT-RS) - R$ 888,35
E também os "mais econômicos":
- Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - R$ 63,36
- Humberto Costa (PT-PE) - R$ 87,97
- Jorge Viana (PT-AC) - R$ 131,90
- Aloysio Nunes (PSDB-SP) - R$ 165,20
- Eduardo Amorim (PSC-SE) - R$ 348,92
Ao povo, apenas resta aguardar para que a ação do MPF seja analisada e aprovada, podendo assim amenizar os altos gastos com ligações de celulares, dinheiro que pode ser aproveitado para outros fins. Alguém bem que podia sugerir para eles usarem as ligações via WhatsApp, não é mesmo?