Após ser proibido no Brasil por conta de uma decisão judicial, o aplicativo Srecret resolveu apertar um pouco os critérios antes de deixar que os “segredos” de alguém sejam compartilhados. Entre as principais alterações, está uma melhoria na detecção de nomes reais em postagens e na limitação na hora de compartilhar fotografias.
De fato, os responsáveis pelo app frisam que a limitação dos nomes já existia. Já o compartilhamento de imagens passa a ser possível apenas por meio de álbuns do Flickr — restando como única opção remanescente a postagens de fotos feitas por meio do próprio aplicativo.
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“O sistema deve melhorar ao longo do tempo”
De qualquer forma, o serviço cobra dos usuários o critério antes de jogar m****a no ventilador. “Nós percebemos que a vasta maioria dos grandes segredos não mencionava nomes, e os poucos que o faziam normalmente não eram produtivos e podiam mesmo ser danosos”, disse o serviço em comunicado oficial.
O texto continua: “Nós mudamos o nosso posicionamento em relação à utilização de nomes reais e, além de desencorajar a prática, estamos ativamente bloqueando postagens que contenham nomes privados de indivíduos sempre que possível. Nós vamos investir pesado aqui para assegurar que o sistema melhore ao longo do tempo”.
Ainda de acordo com a companhia, o serviço se tornou suficientemente sofisticado para detectar também “palavras-chave, sentimentos e fotografias de pessoas”. Caso alguma violação seja percebida, o Secret enfaticamente sugere que o usuário “repense” a postagem de determinado conteúdo.
Sim ou não
Além de apertar o cerco em relação à veiculação de dados privados, o Secret também implementou novas formas de interação entre os seus usuários. Por exemplo, agora é possível postar e participar de enquetes que admitem apenas “sim” e “não” como respostas — coisas como “Você ainda mantém contato com o seu melhor amigo de escola?” e por aí vai.
O resultado é exibido em um gráfico circular, em uma bela amostra do “feedback rápido” que deve marcar futuros avanços do serviço.
No Brasil
Enquanto isso, no Brasil, o Secret permanece excluído por ferir a lei que proíbe a manifestação de opiniões de forma anônima — algo que os mantenedores do app disseram à INFO que ainda estão “tentando entender”. Embora tenha exibido a remoção do software das lojas de aplicativos, entretanto, a decisão judicial não deixou claro como exatamente o programa deve ser retirado dos próprios aparelhos.
Já o Secret reitera a sua acessibilidade em caso de demandas judiciais. “Se nós recebermos uma intimação ou ordem judicial solicitando que divulguemos os seus dados, nós vamos entrar em contato com você antes de divulgar qualquer informação para lhe dar tempo de contestar a intimação na justiça”, consta no contrato de utilização do app.
Seja como for, a atualização que torna os critérios do serviço mais “apertados” já se encontra disponível para o Android — são 16,6 MB por uma nova versão menos permissiva a nomes privados e fotografias potencialmente ofensivas.