Enquanto os brasileiros ficaram tristes de ter que esperar cerca de um mês para curtir a caçada aos monstrinhos digitais de Pokémon GO por estas bandas, os chineses podem acabar lamentando eternamente a falta dos bichinhos da Nintendo. Isso porque, aparentemente, a China resolveu banir de vez o aplicativo mobile da Niantic e qualquer outro jogo similar, que aposte na tecnologia de realidade aumentada para funcionar.
Calma, tudo indica que não se trata de um fechamento do mercado ou de uma desconfiança com o sistema de geolocalização do app por parte do país – como acontece na Rússia. Segundo o governo chinês, a proibição seria uma forma de proteger seus cidadãos de possíveis acidentes, já que a produção exige que os usuários passem um bom tempo olhando para a tela do celular para garantir capturas, itens e outros recursos.
A febre que tomou conta do mundo pode não chegar à China
Não é como se as autoridades locais estivessem erradas, já que, desde que foi lançado – no início de julho do ano passado –, o game coleciona um acervo bizarro de ocorrências. Embora alguns casos possam parecer bobos, como pessoas tropeçando ou dando de cara com postes no meio de suas andanças, outros episódios são bem graves. Afinal, enquanto em alguns países se percebeu um aumento significativo de furtos, assaltos e batidas de carro relacionados diretamente ao jogo, houve mais de um episódio com vítimas fatais.
Pegar pokémons no meio da rua pode não ser uma boa ideia
Os clones do app também devem passar pela mesma análise restrita
Independentemente de os jogadores acharem justa ou não a medida tomada pelo governo chinês, o fato é que as autoridades não devem mudar essa postura até que todos os riscos de segurança relativos a Pokémon GO sejam devidamente avaliados – incluindo temas como a privacidade dos usuários. Como os desenvolvedores da China não pararam de produzir clones do app para se aproveitar da lacuna deixada pelo game no segmento, essas produções também devem passar pela mesma análise restrita.
Futuro nebuloso
Ainda não se sabe se a Niantic vai reformular parte de seu lucrativo jogo para atender um mercado tão grande quanto o chinês. Em um primeiro momento, pode ser que a desenvolvedora e a Big N prefiram não se submeter às exigências do governo da China, mas é de se imaginar que, eventualmente, a possibilidade de lucros astronômicos fale mais alto. E aí, quem você acha que vai ceder primeiro nessa disputa? Deixe o seu comentário mais abaixo.
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