Desde que Pokémon GO foi lançado, milhares de pessoas começaram a jogá-lo. Existem muitas histórias bacanas, como o hospital que utilizou o game para ajudar na recuperação de crianças e pessoas que sofriam da Síndrome do Pânico que finalmente começaram a sair de casa para brincar. Contudo, há coisas ruins também. Muitas mesmo, se considerarmos a quantidade de processos contra o jogo na Justiça americana.
O site americano Polygon pesquisou e coletou dados sobre as ações legais tomadas contra a desenvolvedora nos últimos meses e averiguou os principais motivos de reclamações. Das mais de 70 pessoas que entraram na Justiça, 56 delas se dirigiram à Niantic, enquanto as demais querem satisfações da Nintendo ou da própria Pokémon Company.
Processos contra Pokémon GO
Motivos: privacidade e problemas monetários
Um dos maiores motivos para os jogadores abrirem processos contra as empresas (Niantic, Pokémon Company e Nintendo) é a forma como a desenvolvedora disponibilizava moedas in-game, que, muitas vezes, tinha bugs e não entregava a quantia certa. Além disso, muitos usuários se irritaram em gastar em um app que mudou drasticamente desde o lançamento.
Alguns dos exemplos são o bloqueio de aplicativos de terceiros, as alterações no sistema de rastreamento de pokémons nas proximidades e as mudanças no suporte a alguns dispositivos, como foi o caso do bloqueio de smartphones Android que tinham root. Um dos queixantes afirma que, após gastar US$ 450 (cerca de R$ 1,5 mil), a Niantic o baniu depois de proibir aplicativos que ajudavam na jogatina.
Pessoas gastaram dinheiro com Pokémon GO e se sentiram enganadas ou traídas pela Niantic
Esse usuário disse que, mesmo sendo banido, nunca recebeu uma notificação da empresa ou até mesmo uma resposta quando enviou emails para tirar satisfação. O jogador pediu para que a Niantic devolvesse o seu dinheiro ou a sua conta, algo que nunca aconteceu.
Outros reclamantes estão processando as companhias por motivos diferentes, como a privacidade de dados com a conta da Google, que tem acesso a muito mais do que deveria, como mensagens, contatos, agenda e muito mais.
Respeitem os hospitais e quem não gosta do game
Outro motivo muito comum para as reclamações são as invasões a propriedades privadas. Muitas pessoas não gostaram da ideia de suas casas virarem PokéStops e jogadores ficarem plantados na porta durante várias horas. Apesar de parecer fútil, um dos queixantes alega sofrer com ansiedade e Síndrome do Pânico, e a ideia de diversos desconhecidos “acampando” na porta de sua residência trouxe vários problemas de saúde.
Pokémon GO em hospitais foi bom e ruim, dependendo da situação
E, por falar em saúde, outra parte dos processos vem de hospitais. Muitas pessoas estavam visitando prontos-socorros e instalações médicas em busca de criaturas raras. O grande problema é que, em muitas vezes, os jogadores queriam entrar em áreas privadas para encontrar pokémons.
Esse tipo de coisa estava, ao mesmo tempo, ferindo a privacidade dos pacientes e tumultuando um local que precisa de espaço livre, o que gera transtornos aos profissionais. Os queixantes acham que a Niantic deveria remover PokéStops e ginásios de hospitais ou ao menos consultar a administração antes de tomar essa decisão (algo que a Niantic fez recentemente).
Pokémon GO pode realmente ser perigoso?
Além disso, muitos pais e responsáveis preocupados acham que o game é perigoso demais, colocando crianças desatentas nas ruas e motoristas viciados na jogatina que podem gerar acidentes graves. Há muitos outros processos tramitando na Justiça estadunidense, mas esses são os principais. Você acha que os motivos são válidos?
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