SLI e Crossfire designam tecnologias que basicamente unem duas ou mais placas de vídeo, visando melhorar a capacidade do computador em rodar jogos mais pesados. Mas você sabe de fato como funcionam as tecnologias e quais as possibilidades para você aplicar uma delas em seu computador?
Como tudo começou
A primeira empresa a pensar na idéia de colocar duas placas para trabalhar em paralelo, melhorando assim a qualidade gráfica, foi a 3Dfx, que usava a sigla como Scan Line Interleaving, que basicamente dividia as linhas da tela entre as placas de vídeo, fazendo com que cada uma respondesse por aproximadamente metade do conteúdo renderizado durante os games.
Alguns anos depois, a Nvidia comprou a 3Dfx e adaptou a tecnologia, mudando inclusive o significado da sigla para Scalable Link Interface, que significa Interface de Link Escalável. Desde então, diversas maneiras de associar as placas já foram criadas, pela Nvidia e sua rival ATI, que faz uso da expressão Crossfire para designar sua frente ao SLI.
Modos de associação
Falando das duas grandes produtoras de chips gráficos da atualidade, você poderá notar que atualmente há poucas diferenças na maneira de funcionar de ambas. Basicamente, os métodos escolhidos para melhorar os rendimentos dos games através da associação de placas são os mesmos, diferindo em poucos aspectos.
Alternate Frame Rendering (Renderização de quadros alternada) – Este modo basicamente divide a atuação das placas de vídeo de forma a separar os frames ou quadros dos jogos entre elas. Assim, enquanto um frame está sendo exibido por uma placa, os próximos já estão sendo carregados pelas outras.
Split Frame Rendering (Renderização com divisão de quadros – esta opção divide a tela pela metade, fazendo com que cada placa renderize menos área e consequentemente possa melhorar a qualidade ou velocidade dela.
No chamado sistema Quad SLI, que na verdade é um SLI de duas placas de vídeo duplas, como a 9800 GX2, por exemplo, acontece uma mescla dos dois modos citados acima. Cada uma das placas lida com frames diferentes e atua em metade da área da tela, aumentando ainda mais o desempenho.
Praticamente todas as formas de Crossfire da ATI são basicamente iguais as da Nvidia, com leves modificações ou diferenças. Ela conta com modos para divisão de tela semelhantes às da concorrência, mas com divisão das tarefas de acordo com a potência de cada placa associada.
O método exclusivo da ATI chama-se SuperTiling, que divide a tela em vários quadrados, medindo sempre 32X32 pixels cada. Assim, as placas de vídeo lidam com um número apropriado para cada, novamente de acordo com a capacidade de cada chip.
Mas enfim, fazer uso das tecnologias SLI ou Crossfire vale a pena?
Há vários pontos que precisam ser pesados para você decidir se vai optar por esse tipo de tecnologia, o que depende de muitos fatores. O primeiro deles é ponderar se o preço gasto para preparar um computador pronto para o SLI ou Crossfire compensa.
Isso se deve ao fato de um sistema para associar placas de vídeo demandar uma placa mãe compatível com ele e que contenha minimamente dois slots PCI Express 16X, o que já aumenta um pouco o preço do produto. Além disso, será necessária uma fonte potente para dar conta de duas placas de vídeo, que são um dos componentes que mais consomem energia em um computador.
Outro detalhe interessante é que, em alguns casos, é bem mais simples, cômodo e funcional comprar uma placa de vídeo dupla em vez de associar duas em Crossfire, por exemplo. Este caso pode ser bem elucidado pela HD 4870X2, uma placa dupla que é mais potente que uma associação em Crossfire de duas HD 4870.
No entanto, as vantagens para quem tem um computador pronto para associar placas é a possibilidade de atualizá-lo acrescentando placas de vídeo com o tempo. Se você tem uma fonte poderosa e três entradas PCI Express para a associação, é possível que você compre uma ótima placa hoje, acrescente outra daqui 6 meses, e quem sabe uma terceira no ano que vem, por exemplo.
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