Sabe aqueles celulares falsificados que podem ser comprados em lojas não autorizadas pelas operadoras? Eles não são aprovados pela Anatel e isso significa que eles não passaram por testes de homologação e qualidade. Mas o maior crime é utilização indevida de marcas e patentes, ou seja, pirataria.
Segundo uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, cerca de 20% de todos os telefones celulares do Brasil são cópias ilegais. Isso representa, apenas aqui, perdas de mais de 1 bilhão de reais para as empresas fabricantes de celulares comuns e smartphones. No mundo todo esse valor é aumentado exponencialmente e chega a 120 bilhões de dólares.
As reações do Ministério Público
Como os números são assustadores, o Ministério Público Federal começou a buscar alternativas para evitar que os celulares piratas continuem a operar em terras brasileiras. O problema é que todas as alternativas cogitadas encontram uma série de consequências que podem ser bastante negativas.
O bloqueio por IMEI (registro único dos aparelhos) seria uma alternativa, pois as operadoras podem realizar o bloqueio total dos aparelhos por este código (em caso de roubo, os usuários podem contatar e pedir isso para as operadoras). Contudo, há muitos celulares falsificados que apresentam IMEI legítimo, o que impediria ações efetivas.
Outra opção seria a associação dos aparelhos a chips, ou seja, apenas as operadoras poderiam liberar o acesso de um chip a determinado aparelho. O problema é que isso bate de frente com as crescentes campanhas de desbloqueio dos celulares em relação às operadoras e também impede que os consumidores troquem de aparelho sem a autorização das fornecedoras do sinal.
Por que tanto sucesso?
Muitos consumidores recorrem aos celulares falsificados por alguns motivos principais. O preço cobrado por eles é o principal atrativo, afinal de contas são valores muito mais baixos e ainda oferecem funções mais sofisticadas, como reprodução de vídeos, áudio e TV digital, por exemplo. Além disso, oferecer suporte para dois chips chama a atenção de usuários que querem aproveitar promoções dos pré-pagos de mais de uma operadora.