O Alibaba, maior empresa de comércio eletrônico da China, exporta seus produtos para o mundo todo. No entanto, fabricantes de artigos de luxo como a Gucci e diversas outras já processaram a companhia chinesa por facilitar a comercialização de falsificações de seus produtos.
Para mudar isso, a empresa está desenvolvendo um programa de incentivo aos produtores locais chineses, com 17 fabricantes de sapatos na cidade de Putian, na província de Fujian. A ideia é criar e cultivar marcas locais através da internet, revitalizando assim a indústria e fornecendo uma alternativa para os produtores de bens falsificados.
Críticos do programa dizem que, em vez disso, o Alibaba deveria eliminar a oferta de produtos falsificados de suas plataformas online. No entanto, a companhia rebate dizendo que é a falta de alternativas realmente viáveis a esses produtores que faz com que o combate à pirataria tenha um sucesso limitado no país.
Legitimidade a partir de marcas locais
Song Zonghu, diretor da Shuangwei Sporting Goods, uma das empresas que fazem parte do projeto, já vendeu tênis falsos antes da iniciativa da gigante do comércio eletrônico. “Você pode reprimir para sempre e nunca vai ver o fim disso”, afirmou ele, em entrevista à Reuters. “Criar novas oportunidades enquanto coíbe a prática é o caminho a seguir. Todo mundo tem que se alimentar”, concluiu.
Segundo Ni Liang, diretor sênior de segurança na Internet do Alibaba, a iniciativa é um passo importante para coibir as falsificações neste ano. O plano é, no futuro, expandir o projeto para eletrônicos domésticos, brinquedos, bolsas e outros segmentos. A empresa espera que os pequenos produtores se distanciem das cópias e sirvam a um setor legítimo, construído a partir das marcas locais.
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