Parkinson
A doença de Parkinson, ou mal de Parkinson, como também é popularmente conhecida, é uma condição degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central (SNC), tendo sua ocorrência relacionada à diminuição brusca de dopamina no cérebro.
Essa substância é responsável por favorecer a transmissão de mensagens entre as células nervosas e, consequentemente, impacta a realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Ou seja, é graças à dopamina que não precisamos pensar em cada movimento realizado pelos músculos. De forma que, quando sua produção é baixa, o que ocorre é a perda do controle motor, ocasionando os sintomas característicos da doença.
Principais sintomas
Pode-se listar como sintomas principais da doença de Parkinson os seguintes sinais:
rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo;
tremores de repouso (geralmente nos membros superiores e predominantes em um lado do corpo em comparação ao outro);
desequilíbrio.
Esses três são os chamados 'sintomas motores' da doença, mas também é possível listar outros indícios não motores, como diminuição do olfato, mudanças intestinais e do sono.
Causas
É comum que ocorra, com o envelhecimento, a diminuição progressiva das células responsáveis pela produção da dopamina. No entanto, algumas pessoas sofrem com a perda dessas células em um ritmo muito acelerado, o que pode levar à doença de Parkinson.
Ainda não há uma resposta exata para explicar porque isso ocorre, embora haja muitos estudos a respeito do assunto. Ainda assim, há um consenso entre especialistas de que, muito provavelmente, há mais de um fator envolvido no desencadeamento dessa degeneração, o que pode estar ligado tanto a condições genéticas, quanto a fatores ambientais.
Diagnóstico
Considerando a dificuldade de estabelecer as causas da doença, o diagnóstico de Parkinson é feito a partir de uma análise clínica, contando com a valorização dos sinais e sintomas descritos pelo(a) paciente. O profissional mais habilitado para conceder tal diagnóstico é o neurologista, considerando que tem propriedade para distinguir essa doença de outras condições neurológicas que podem afetar involuntariamente os movimentos da musculatura.
Também podem ser solicitados exames complementares, como tomografia cerebral e ressonância magnética, a fim de descartar outras doenças. Como ferramentas especial e de alta tecnologia, pode-se contar com o exame de tomografia computadorizada por emissão de fóton-único, que é capaz de quantificar a dopamina cerebral. No entanto, esse tipo de análise costuma ser desnecessário, especialmente diante de um quadro clínico característico.
Tratamento
Embora a doença de Parkinson seja uma condição degenerativa, ela é tratável e os pacientes costumam apresentar boas respostas às medicações existentes. Ainda assim, é preciso destacar que os medicamentos são sintomáticos, ou seja, apenas melhoram os sintomas da doença, a partir de uma reposição parcial da dopamina no cérebro.
Por isso, são de uso contínuo e devem ser usados durante toda a vida pelas pessoas que são diagnosticadas com a condição. Isso porque não há tratamentos que possam curar ou evitar definitivamente a progressão da doença, embora já existam também outras abordagens, como o método cirúrgico ou terapias com equipes multidisciplinares.
Dessa forma, os tratamentos para a doença de Parkinson têm como objetivo melhorar a qualidade de vida dos portadores e reduzir o prejuízo funcional acarretado pela doença, dando a essas pessoas uma vida boa e independente, mesmo sem a cura para a enfermidade.