A preocupação com a eficiência energética dos hardwares está cada vez mais presente nas pesquisas das empresas fabricantes. Conforme o tempo passa, os equipamentos estão consumindo menos energia, economizando o dinheiro do comprador e os recursos naturais do planeta, já que economizar energia significa preservar o meio ambiente.
Porém, não adianta economizar energia se a fonte não é tão eficiente quanto o equipamento que a utiliza. Pensando nisso, a Panasonic anunciou que, no começo do ano fiscal de 2012, começará a produzir e comercializar um novo modelo de bateria.
Mudanças no material
As baterias de íons de lítio (Li-ion) serão feitas de ânodos de liga de silício e destinadas à utilização em computadores portáteis, como notebooks.
Cada célula da nova bateria medirá 1,8cm de diâmetro por 6,5cm de comprimento, fornecendo 4.0Ah de capacidade — ou seja, o mesmo tamanho das já disponíveis, com 30% mais capacidade que as células atuais, que oferecem 3.1Ah.
Os ânodos das baterias atuais utilizam o grafite como material de armazenamento de carga. A liga de silício das baterias da nova geração tem pelo menos dez vezes mais capacidade, o que significa um grande salto na evolução do produto, que vinha evoluindo de forma constante, sem grandes inovações, desde a metade da década de 1990.
Outros fabricantes já também já estão pesquisando o novo material, mas a Panasonic foi a primeira a anunciar efetivamente o lançamento e fabricação em escala industrial, utilizando a nova tecnologia.
Vida útil menor?
O grande problema do novo material é que ele tende a durar menos que a quantidade de ciclos atual das células disponíveis no mercado. Porém, a Panasonic está fazendo alterações no processo de fabricação para que a deterioração seja reduzida e a bateria dure mais tempo. A própria empresa afirma que, mesmo depois de 500 ciclos de carga e descarga, a célula reterá 80% da carga original.
“Público” alvo
A princípio, as novas células serão destinadas aos notebooks, mas a Panasonic tem uma ambição maior: fornecer energia para automóveis.
Nesse caso, o problema maior será o peso de cada célula, que é 10 gramas maior do que as atuais vendidas pela empresa. Isso significa que muita pesquisa ainda deve ser feita para que o objetivo final seja alcançado, mas grandes passos já foram dados.
Nós, consumidores, só podemos esperar e torcer para que as fontes de energia e os produtos que as utilizam continuem melhorando em eficiência, economizando nosso rico dinheirinho e, mais importante, conservando o planeta.