A televisão alcançou sua maturidade com a chegada do sinal digital. Além da excelente qualidade de imagem que o sinal oferece, o conteúdo interativo aplicado à programação televisiva pode agregar muito mais a experiência do usuário, tornando-o parte do programa. Porém o conteúdo digital não tem sido usado como se esperava.
O bacharel em ciência da computação Marcelo Ferreira Moreno deu exemplos de usos da interatividade na TV digital usando o Ginga, uma plataforma que permite o desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis e televisões.
Estas aplicações podem revolucionar o modo como assistimos televisão atualmente: um comercial pode conter informações sobre o produto apresentado e um talk show que faça uso da tecnologia pode ter seu roteiro alterado de acordo com a interação dos usuários.
No entanto esta tecnologia ainda não é tão bem utilizada e somente o conteúdo da própria emissora possui suporte a interação, na maioria dos casos.
E o principal fator para que o telespectador não possa desfrutar – pelo menos por enquanto – de toda a interatividade disponível é que não existe um padrão para a intercomunicação entre os aparelhos transmissores, pelo menos no Brasil.
E é exatamente isso que Marcelo propõe: como o Ginga suporta HTML, XML, Java e Lua.
Na prática, qualquer aparelho seria capaz de receber o conteúdo digital, já que são linguagens que são reconhecidas pela maioria dos aparelhos, que são baseados em Linux.
Basta agora que o padrão seja adotado de fato e que a interatividade digital ocupe o seu devido lugar: sua televisão.
Na parte da tarde os palestrantes ministraram uma oficina prática de como desenvolver aplicações para o Ginga usando NLC.
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