Já pensou sair para um país distante para fazer a cobertura jornalística dos Jogos Olímpicos e não ter uma tomada para carregar as baterias dos seus equipamentos profissionais e pessoais? Foi isso que aconteceu nesta semana com a mídia chinesa que chegou ao Rio de Janeiro para trabalhar na comunicação dos jogos.
Os jornalistas e outros integrantes da mídia internacional estão chegando para se acomodar na unidade de imprensa da Vila e começaram a perceber uma série de problemas nos apartamentos.
Os espaços das tomadas foram adaptados para cabos de antenas...
Esse das tomadas, que afetou a equipe da Xinhua News, uma emissora estatal chinesa, é apenas uma das vergonhas que a organização dos jogos do Rio de Janeiro está obrigando o Brasil a passar. Aparentemente, tudo foi feito às pressas, e ninguém passou para checar a integridade dos apartamentos antes de entregar as chaves para os ocupantes temporários.
Ao que parece, também não há mesas, espalhador de água na ducha do chuveiro e pior: nada de água em alguns lugares. Os repórteres também reclamaram que as camas estão multo mal montadas, sendo possível desabem ao menor movimento de quem dormir em cima delas.
Imagina você dormindo e, de repente, caindo no chão...
Sem mesas para escrever
First attempted shower in room at media village. No hot water and shower head fell off. #RoadToRio pic.twitter.com/bUfxLKh4A6
— Stephen Wade (@StephenWadeAP) 1 de agosto de 2016
Sem água
O mais curioso de tudo, entretanto, é esta pia, que perdeu sua cuba de louça. A peça foi mal fixada e caiu no chão, se estilhaçando completamente.
A cuba da pia foi ao chão, e deixou o banheiro inutilizado
O prédio destinado à imprensa na Vila Olímpica também é curioso pelo fato de ter sido construído sobre um antigo cemitério de escravos da era colonial, o que gerou muita polêmica. Muito perto dali, também existe uma pequena favela onde moram algumas famílias que resistiram ao despejo do governo local para a construção do complexo da Vila. Quando os Jogos terminarem, os apartamentos dos atletas e da mídia serão vendidos. Não seria mais interessante doá-los às pessoas que tiveram que ceder seu espaço para a construção?
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