Três guardas de segurança e um bombeiro civil contratados para proteger as instalações das Olimpíadas foram presos sob a acusação de terem furtado três notebooks e tentado subtrair outros seis do Centro Nacional de Tiro Esportivo do Complexo Deodoro, que será palco da modalidade durante a competição. Segundo informações da Polícia Militar, os equipamentos que haviam sido levados pelos funcionários já foram recuperados.
Autuados por furto qualificado e presos pela 33ª DP, localizada no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, os vigilantes detidos são funcionários de uma empresa terceirizada encarregada para vigiar as instalações. Enquanto o Comitê Rio-2016 conclui a instalação de estruturas temporárias e acabamentos no espaço, um dos funcionários da organização notou a falta dos objetos e chamou a polícia, que deteve os quatro envolvidos.
Seis dos notebooks em questão foram encontrados escondidos nas mochilas de Adonis Raphael Feld (27 anos), Luis Cláudio Esteves da Silva (33), Marcello Rodrigues Medeiros da Silva (21) e Wallace Anderson Oliveira de Souza (23). Os responsáveis pelos furtos informaram que os três aparelhos restantes estavam em suas residências, o que permitiu que as autoridades os recuperassem.
A Força Nacional de Segurança Pública deve começar a atuar em todas as arenas esportivas da competição a partir de terça-feira (5)
Questionado pelo jornal O Globo, o Comitê Rio-2016 declarou que a ocorrência “se trata de um caso de polícia de dimensão pequena”. Segundo a publicação, os organizadores das Olimpíadas destacaram que a Força Nacional de Segurança Pública deve começar a atuar em todas as arenas esportivas da competição já a partir desta terça-feira (5) – data que marca exatamente um mês para a cerimônia de abertura dos Jogos.
Mais problemas de segurança
Embora as informações sobre o ocorrido só tenham sido esclarecidas na segunda-feira (4 de julho), o furto de fato parece ter ocorrido na quarta da semana passada (29 de junho). No dia seguinte à subtração dos notebooks, dois containers sem escoltas pertencentes às emissoras de TV alemãs ARD e ZDF foram abordados e roubados por criminosos na famosa Avenida Brasil, enquanto seguiam para o Parque Olímpico da Barra.
Avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão, os equipamentos foram encontrados pelas autoridades na tarde da sexta-feira (1º) em um galpão localizado em Magé, na Baixada Fluminense. O caso teve repercussão internacional, sendo noticiado pelo jornal germânico Deutsche Welle e pelos norte-americanos Wall Street Journal e New York Times. De acordo com a publicação alemã, o ocorrido não deve afetar a cobertura das Olimpíadas.
O caso dos notebooks não foi o primeiro crime a acontecer nos arredores das instalações olímpicas
Algumas semanas antes, no dia 19 de junho, uma atleta paralímpica australiana relatou nas redes sociais os sentimentos de tensão que teve ao sofrer um assalto no Rio de Janeiro. Já a velejadora Liesl Tesch foi rendida por criminosos armados e teve sua bicicleta tomada no Aterro do Flamengo.
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