Depois de se desfazer da Portugal Telecom, Oi tenta agilizar compra da TIM

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Já faz algum tempo que a venda da italiana TIM está em questão. Hora, uma das suas concorrentes estaria interessada em comprar a empresa por completo e, outra, falam que ela será diluída. Agora que a Oi conseguiu se livrar do mau negócio que foi a compra de parte da Portugal Telecom, a empresa brasileira pretende focar novamente na compra da TIM, dessa vez em parceria com as concorrentes Claro e Vivo.

Depois de uma reunião tensa com os acionistas da Portugal Telecom, a Oi conseguiu passar seus ativos de 7,4 bilhões de euros para um grupo francês chamado Altice. Com esse dinheiro em caixa, a Oi espera conseguir negociar com Claro e Vivo para realizarem uma compra conjunta da TIM, assim, cada uma sairia com um terço da operadora italiana.

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Essas informações são de uma fonte anônima da Reuters que supostamente está muito inteirada com o assunto. A fonte fala ainda que, mesmo a TIM não estando à venda formalmente, o grupo controlador estaria disposto a avaliar “boas propostas”.

Impasses

A Claro comunicou anteriormente que foi contatada por representantes da Oi para realizar o negócio em conjunto, mas não fez nenhuma declaração quanto a seu interesse. A Vivo, por sua vez, não comenta o assunto já que aguarda autorização do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para completar sua fusão com a GVT. A Anatel já aprovou o negócio e, por isso, é muito provável que não haja problemas com o Cade. Depois que essa aprovação for oficializada, a Vivo deve se manifestar quanto à compra conjunta da TIM.

Um possível problema nesse cenário é o fato de a controladora italiana da TIM ter enviado um pedido ao Cade em novembro para tentar impedir a união de Vivo e GVT. De acordo com a empresa, essa operação resultaria em apenas dois grandes grupos de telecomunicações no Brasil: Telmex (Claro, NET e Embratel) e Vivo (Telefônica e GVT) que concorreriam de forma desleal com a Oi. A proposta da TIM, nesse caso, é formar uma parceria com a Oi para comprar a GVT e, com isso, evitar a polarização do mercado.

Problema inicial

Não há informações mais atuais quanto à participação da Telefônica, controladora da Vivo, no grupo que é dono da TIM. Esse imbróglio foi na verdade o motivo de todo esse impasse de compra de operadoras no Brasil ter começado. Na época, a Telefônica deveria se desfazer da TIM para evitar o monopólio no setor de telefonia móvel.

Voltando à possibilidade de compra da TIM pelas concorrentes, a Oi parece ter conseguido um montante de R$ 22 bilhões com o negócio em Portugal, o que deve ser o suficiente para comprar uma fatia da TIM no Brasil. Ainda assim, em setembro, a dívida da Oi chegava a R$ 42 bilhões. De qualquer forma, uma proposta de compra deve ser feita em breve, segundo a fonte da Reuters.

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Fontes

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