O criador do Oculus Rift, Palmer Luckey, está para entrar em uma batalha judicial bastante complicada contra a ZeniMax. Segundo a empresa, Luckey não teria sido o “pai” das tecnologias VR que vemos hoje como a Oculus afirma: no lugar disso, essa figura teria sido resultado da combinação entre materiais roubados e uma história de origem falsa.
“A Oculus disseminou para a imprensa a história falsa e fantasiosa de que Luckey foi o brilhante inventor da tecnologia VR e que tinha desenvolvido aquela tecnologia na garagem de seus pais. De fato, essa história era total e completamente falsa”, afirmou a ZeniMax em sua ação judicial.
A Oculus disseminou para a imprensa a história falsa e fantasiosa de que Luckey foi o brilhante inventor da tecnologia VR e que tinha desenvolvido aquela tecnologia na garagem de seus pais
De acordo com a companhia, a tecnologia por trás do Rift pertenceria à própria ZeniMax. No entanto, ela teria sido roubada por John Carmack – com quem Luckey começou a se corresponder em 2012 – quando este deixou a empresa para trabalhar na Oculus.
Em seu processo, a ZeniMax diz que o aparelho desenvolvido por Luckey originalmente era um “protótipo cru que não possuía um encaixe de cabeça, software específico de realidade virtual, sensores de movimento integrados e outras características e capacidades necessárias para criar um produto viável”. Carmack, por sua vez, teria chegado a apresentar sua própria ideia para o CEO Robert Altman, mas não conseguiu o investimento necessário.
Ao deixar a ZeniMax, Carmack levou consigo milhares de arquivos de seu projeto, que teriam sido então usados para o desenvolvimento do Oculus Rift
Com isso, ao deixar a ZeniMax, Carmack levou consigo milhares de arquivos de seu projeto, que teriam sido então usados para o desenvolvimento do Oculus Rift. Não é preciso dizer que, se for verdade, essa ação vai levar a companhia a um prejuízo de milhões de dólares.
As acusações, vale notar, não devem trazer apenas Luckey aos tribunais: até mesmo o próprio fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pode acabar testemunhando no julgamento. O motivo? A ZeniMax também acusou a gigante das redes sociais de ter adquirido a Oculus em 2014 com “plena consciência” de que a tecnologia do aparelho havia sido roubado de outra companhia.
Facebook também vai aos tribunais
Já o Facebook, por sua vez, nega ter feito qualquer coisa de errado, apontando também que a ZeniMax não teria feito qualquer declaração quanto aos direitos intelectuais ou a tecnologia do Oculus até que a rede social mostrou seu interesse na compra da empresa de Luckey.
Visto que o processo em si teve início anos atrás, mas só chegou aos tribunais de Dallas na última terça-feira (10), ainda vamos ter que esperar para saber quem o júri acha estar errado na acusação. Caso seja considerado como culpado, o Facebook terá que pagar uma indenização de 2 bilhões de dólares para a ZeniMax.
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