(Fonte da imagem: Reprodução/Recode)
Antes parceira fiel do Windows Phone, a Nokia surpreendeu ao anunciar a linha de celulares Nokia X, com sistema operacional móvel Android, e os aparelhos 220 e Asha 230. Mas erra quem pensa que essa atitude foi uma traição: na verdade, trata-se de uma estratégia para desbancar a própria Google a ajudar a popularizar a Microsoft entre novos consumidores.
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Pode parecer confuso, mas o ex-CEO e atual chefe da divisão mobile da Nokia, Stephen Elop, esclarece o assunto. Segundo ele, a ideia é manter o Windows Phone no topo, com dispositivos de alto desempenho. Abaixo, vem a nova família Nokia X, com um Android cuja interface lembra bastante o sistema operacional da Microsoft.
Além disso, vários serviços oferecidos como padrão nessa linha serão da própria empresa, como Skype, OneDrive e Outlook, em vez dos tradicionais Hangouts, Google Drive e Gmail, da rival.
Transição natural
Quem comprar o Nokia X e gostar do serviço, portanto, será levado a comprar um smartphone com Windows Phone em seguida – e o mercado do Android, que é o sistema operacional móvel mais difundido do mundo, é uma mina de ouro a ser explorada.
"Você vê muitos outros vendedores de Android que estão em posições difíceis e constroem produtos normais ou incríveis, mas sem serem capazes de avançar, porque esse ecossistema evoluiu bastante", argumenta Elop, insistindo que a Microsoft e a Nokia têm essa base e a capacidade de criar um catálogo diferenciado de eletrônicos – que culminam no Windows Phone, claro.
"Agora é o momento certo, porque há um crescimento de smartphones de baixo custo em vários países. (...) Nós temos que ganhar o direito dessa próxima compra [do consumidor, após o Android]. O que nós fizemos, claro, é ter certeza de que a interface primária do usuário é unicamente da Nokia", conclui o executivo.
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