A notícia que a Nintendo finalmente daria o ar de sua graça em produções para plataformas mobile pegou muita gente de surpresa, mas, como tudo que a Big N costuma fazer, a operação parece ter sido planejada minuciosamente. Os chefões da empresa já deram seu parecer sobre a nova estratégia de mercado e, agora, é a parceira deles que declarou suas perspectivas para o futuro. Responsável por ajudar a tocar o desenvolvimento de jogos para celulares, a DeNA projeta que a parceria pode render mais de US$ 25 milhões mensais aos cofres da dupla.
Pelo menos, essa é a opinião de Isao Moriyasu, CEO da produtora, em uma entrevista recente para a Reuters. Ao que parece, a possibilidade de utilizar grande parte do rol de personagens e franquias na Nintendo nos títulos mobile deve permitir que as empresas criem uma série de games de sucesso que “sejam jogados por centenas de milhões de pessoas”. A ideia é entrar no mercado de forma agressiva ao combinar qualidade e quantidade em vez de se focar em apenas uma produção de peso.
“Ainda não conversamos com a Nintendo a respeito de metas, mas aqui na DeNA o nosso jogo campeão de vendas rendeu 3 bilhões de ienes por mês, e nós queremos superar essa marca”, analisou o chefão da companhia. A cifra citada, que em conversão direta seria algo em torno de R$ 80 milhões, faz referência a Kaito Royale, um título que se tornou tão popular em terras nipônicas que acabou ganhando uma novela com atores de carne e osso na TV japonesa.
Como ambas as empresas já deixaram claro que os games mobile não serão meras versões de produções já consolidadas no console de mesa ou no portátil da Big N, não é tão difícil imaginar que o ousado projeto supere o respeitável número obtido pela DeNA sozinha. Afinal, estamos falando da possibilidade de curtir jogos de qualidade com Mario, Donkey Kong, Samus, Link, Fox e outros personagens queridos diretamente na tela de seu smartphone ou tablet – apesar de ainda não ter sido revelada a franquia que vai dar a partida nos negócios.
Apesar de não haver nada divulgado oficialmente, analistas consultados pela Reuters especulam que a Nintendo deve abocanhar 70% da renda com as vendas nas plataformas móveis – uma soma que, com certeza, será muito bem-vinda para acertar as contas da companhia. O primeiro filhote da parceria deve chegar aos dispositivos mobile ainda este ano, conforme revelado por Satoru Iwata há algumas semanas. E aí, ficou empolgado?
Via BJ
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