Os mistérios sobre o próximo grande produto da Nintendo, até agora chamado só de "NX", não param. O mais recente deles é até meio bizarro, já que sugere que a fabricante japonesa vai voltar a adotar uma prática que ficou para trás na história da marca, mais precisamente desde 2001: os bons e velhos cartuchos.
A especulação é antiga, já que os primeiros rumores do NX falavam que os discos seriam abandonados em troca do armazenamento puramente digital. Porém, a fabricante Macronix, que fornece chips de armazenamento ROM para sistemas da Nintendo desde a época do Nintendo 64, pode ter dado uma pista sobre o que vem por aí. Acontece que o relatório financeiro dessa empresa aponta uma previsão de crescimento repentino para essa área justamente no mesmo período de lançamento previsto para o NX — março de 2017.
Coincidência. Ou não.
É claro que essa possibilidade não é a única. A Macronix pode simplesmente fornecer para a Nintendo chips de memórias de sistema ou BIOS que ela já forneceu para outros consoles.
Além disso, ela já faz chips para o Nintendo 3DS, mas estaria testando uma nova arquitetura de 32 nm (contra 72 nm do portátil atual da empresa) para ROMs de um aparelho diferenciado. Junto com a coincidência do aumento considerável de vendas logo na janela de lançamento do NX, isso reforça a possibilidade de que o produto esteja relacionado com softwares.
Será um bom negócio?
Como o NX ainda está envolvo em segredo, não é possível saber se cartuchos serão mesmo aplicados no produto — muito menos como isso vai acontecer. Porém, informações indicam que ele terá elementos de um portátil, o que acabaria dando sentido para o uso de fitas ou cartuchos, nem que sejam pequenos.
E o site Arstechnica, por exemplo vê o rumor como algo positivo. Segundo a página, os próprios discos usados hoje por Sony e Microsoft já estão defasados e não acompanham as demandas de banda e dados da GPU.
É claro que fabricar as boas e velhas "fitas" é bem mais caro do que o uso de mídias, mas a remoção do leitor óptico e o uso de memória interna para ajudar o processamento com certeza baratearia as coisas. Bastante imprevisível, a Nintendo pode mesmo apostar nesse modelo de negócios, mas só ficaremos sabendo disso quando a marca resolver quebrar o silêncio.
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