A Netflix anunciou, na semana passada, o lançamento da ferramenta que permite ao usuário realizar o download de filmes e séries do catálogo para seus dispositivos móveis. Assim, os assinantes podem baixar as produções que querem acompanhar para vê-las depois, quando estiverem sem acesso à internet.
O novo recurso é bastante útil, porém ele ocupa espaço de armazenamento de seu aparelho. No entanto, os arquivos possuem um tamanho menor se comparado com downloads realizados na internet — o que também deixa a Netflix em vantagem diante daquele arquivo salvo no computador da sua casa, por exemplo.
Através de seu blog oficial focado em tecnologia, o serviço de streaming explicou o segredo do sucesso: trata-se do formato de vídeo (codec) usado pela companhia.
Para streaming, a Netflix usa H.264/AVC quase exclusivamente, no entanto, usuários que fazem o download do catálogo nos dispositivos Android recebem o conteúdo em VP9-Mobile – um codec open source desenvolvido pela Google que usa diversos recursos para manter a qualidade sem deixar o arquivo gigantesco, ou seja, entregando vídeos com boa qualidade sem comprometer o tamanho de armazenamento.
Enquanto o VP9 funciona para aparelhos Android, navegador Chrome e outros dispositivos no mercado, a Apple não possui suporte para este tipo de codec. Por isso, a Netflix disponibilza para estes usuários de iOS um H.264/AVC diferente (tecnicamente falando, os streamings usam H.264/AVC Main, enquanto os downloads são no formato H.264/AVC High, ou chamado AVCHi-Mobile), o que permite a “economia” de tamanho no seu celular ou tablet - com eficiência na compressão.
Além dos codecs diferenciados, o serviço ainda revelou que cenas diferentes em filmes diferentes requerem dados distintos. Uma cena de ação com efeitos visuais, por exemplo, possui mais informação que uma cena do céu azul ou do que animações, explica a Netflix em uma postagem que fala sobre a otimização por título. Dessa forma, houve uma melhoria da qualidade para os usuários (mesmo aqueles que possuem uma internet de qualidade muitas vezes oscilante, caso do Brasil).
Para os downloads, a ideia é dar um passo além, cortando os vídeos em pedaços de um a três minutos. Computadores, então, analisam a complexidade dessas partes separadamente e realiza a codificação para melhor atender sua complexidade visual. O resultado pode ser visto, como citado, no tamanho dos arquivos, sem que com isso a qualidade fique baixa.
Você pode acessar a página do blog da Netflix (em inglês) para conferir mais dados e gráficos a respeito da comparação entre os diferentes codecs juntamente com a otimização por título.
Vale destacar, no entanto, que em alguns casos o tamanho do arquivo armazenado pode não contar com uma queda significante, uma vez que a Netflix está também prezando pela qualidade dos vídeos que serão baixados ou mesmo reproduzidos online. Ao mesmo tempo, o esforço da companhia parece bastante forte para conseguir entregar a melhor qualidade de serviço para todos os usuários, sejam eles pessoas com internet a jato ou não, com espaço de sobra no dispositivo ou megabytes contados.
E você? Já baixou algum filme ou série para assistir offline em seu dispositivo móvel? O que achou da qualidade e do tamanho do espaço para armazenamento? Comente!
Via Minha Série
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