Talvez você não imagine, mas cerca de 90% do mercado de construção naval é distribuído entre o Japão, a Coreia do Sul e a China. De todos eles, o Japão é o único que vem enfrentando problemas de competitividade, principalmente depois da crise financeira mundial de 2008 que afetou seriamente a indústria no país.
Mas como se recuperar dentro de um mercado tão restrito como esse? Segundo o Japão, a resposta é investir em diferenciais, e não somente em tamanho. De acordo com Masafumi Okada, diretor da Mitsui Engineering & Shipbuilding Co., o ideal é construir navios energeticamente eficientes, amigos do meio ambiente.
O navio menos poluente do mundo
Recentemente, o Japão pediu que a Organização Marítima Internacional fizesse uma revisão na lei que limita a emissão de carbono dos navios. Ao mesmo tempo, o país colocou em produção o Emerald Ace, o primeiro navio a empregar a sua própria usina de energia híbrida. Ele é também o primeiro navio que não emite carbono quando está atracado ao porto.
O Emerald Ace foi o último navio a ser produzido no estaleiro de Kobe (que agora produz exclusivamente submarinos). A embarcação pesa mais de 60 mil toneladas e tem 12 deques, sendo que o deque superior possui 768 painéis de energia solar fabricados pela Panasonic. Cada painel solar produz um total de 160 kW, o suficiente para fornecer eletricidade para 50 casas.
Enquanto está viajando, o navio utiliza os seus motores a diesel para se locomover. Todo o restante da embarcação aproveita a energia solar para funcionar. Quando o Emerald Ace atraca em algum porto, seus motores a diesel são desligados e ele funciona somente com a energia solar, não emitindo nenhum carbono.
Fonte: Gizmodo