A Rolls Royce, uma conhecida fabricante de carros de luxo, está com uma proposta ousada dentro do segmento de navegação marítima. Por meio do Simpósio de Tecnologia de Navios, evento que aconteceu em Amsterdã, na Holanda, a empresa mostrou o projeto Remote & Autonomous Ships – The next steps, que prevê a utilização de embarcações de grande porte totalmente controladas de forma remota em 2020.
O vídeo de divulgação desse projeto – que pode ser conferido na abertura desta matéria – mostra como a fabricante britânica imagina tudo acontecendo e mais parece um trecho de filme de ficção científica. Na reprodução, as pessoas gerenciam, controlam, inspecionam e tomam decisões importantes a partir de uma central seguramente localizada em terra firme. Até mesmo drones e microfones locais são utilizados para fiscalizar os problemas.
Galeria 1
Objetivo
O projeto tem como objetivo principal reduzir os custos com a tripulação de grandes embarcações, permitindo que todas as atividades sejam realizadas de forma remota e com a ajuda da inteligência artificial. Quando for preciso reparar alguma parte danificada ou qualquer outra atividade que exija um conhecimento que a máquina não será capaz de resolver, será preciso agendar para quando a embarcação estiver atracada e funcionários humanos possam lidar com o problema.
O projeto tem como objetivo principal reduzir os custos com a tripulação de grandes embarcações
Em determinada parte do vídeo, o ator que interpreta o comandante da embarcação conversa com uma assistente virtual sobre diversos assuntos. Na hora de investir um problema em uma antena, drones são enviadas para o local e o uso de realidade virtual entra em cena. Por meio da visão da câmera dos dispositivos aéreos não tripulados, ele identifica a falha e endereça uma correção.
Parte humana
Porém, embora o projeto Remote & Autonomous Ships empregue muita tecnologia e inteligência artificial, a Rolls Royce não quis deixar de lado o fator humano. Em uma parte do vídeo, um engenheiro é capaz de detectar barulhos que podem indicar problemas no motor, algo que teoricamente só poderia ter sido realizado por uma pessoa que conhece esse distinto som.
Além disso, o fator de decisão também é destacado como uma característica humana e não da parte robótica do projeto. Em determinada parte da cena, os atores se reúnem para decidir o que fazer com o possível motor com defeito, algo que – também teoricamente – só poderia ser decidido por um conjunto humano de funcionários. Será que teremos essa realidade em 2020? Ou é um sonho muito distante dos nossos dias?
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