Se você achava que o anúncio do novo navegador da Microsoft, o Spartan, já era o bastante para reacender a disputa entre os softwares atuais, então prepare-se para conhecer o mais novo competidor a entrar na arena dos browsers: o Vivaldi. Atualmente disponível como prévia técnica para Windows, Mac e Linux, a novidade oferece uma série de recursos que vão agradar os fãs das versões mais clássicas do Opera.
Além de incluir elementos familiares como gestos de mouse para navegação e a familiar interface de “discagem rápida”, que mostra uma relação com os seus sites favoritos nas novas abas, o Vivaldi também conta com alguns truques adicionais. Várias abas distintas podem ser combinadas em uma só para facilitar a navegação entre páginas relacionadas, de forma que ao fazer uma pesquisa, por exemplo, você pode juntar todos os resultados em um lugar só.
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Outro recurso interessante permite que os usuários façam anotações diretamente no browser e incluam screenshots ligadas a elas, o que certamente facilita na hora de lembrar o porquê de você ter achado determinado site importante. A interface do navegador muda de cor para se adequar à tonalidade predominante de cada página e o programa conta com “comandos rápidos” para auxiliar nas buscas e ordens de execução como as do Spotlight do OS X.
Sucessor espiritual
Toda a familiaridade do Vivaldi com os elementos do Opera clássico não existe por acaso, já que a novidade se trata de um novo projeto do antigo CEO e cofundador do navegador mais velho, Jon von Tetzchner. Para quem não se lembra, foi ele quem certa vez disse que nadaria da Noruega até os EUA caso o Opera 8 atingisse 1 milhão de downloads nos seus primeiros quatro dias – promessa que ele tentou cumprir, mas não conseguiu.
Após deixar a Opera em 2011, Tetzchner fundou a Vivaldi em dezembro de 2013. Segundo seu cofundador Tomita Tatsuki, a ideia de criar um novo browser vem da sensação de que há uma necessidade por uma opção mais poderosa para pessoas que querem mais do seu navegador. “A maioria dos browsers no mercado atual oferecerem algo similar, não diferenciado [e são] relativamente simples”, pontua.
De acordo com Tatsuki, o Opera costumava ser diferente disso e oferecia recursos poderosos, mas isso mudou e ele também se tornou um produto mais simplificado – o que ele acredita ser um dos motivos para que “milhões de pessoas continuem usando versões antigas” do navegador. Por esse motivo, o foco inicial do Vivaldi é contar com uma funcionalidade que inclua elementos presentes no Opera do passado, mas também ir além disso.
Do público ao público
Embora use o motor de renderização Chromium (Blink) – o mesmo encontrado no Chrome –, o novo browser é quase que completamente construído com base em tecnologias modernas como React, Node.js e vários módulos Node distintos. Ainda que não esteja em sua versão final, há planos de que o Vivaldi receba vários novos recursos nos próximos meses, como sincronização, suporte a email, melhorias de performance e extensões.
Por fim, Tatsuki ressalta que a novidade vai, em grande parte, ser moldada pela comunidade, de forma que os conjuntos de ferramentas acrescentadas devem seguir as demandas dos usuários. Interessado? Você pode conferir a prévia técnica do Vivaldi clicando aqui e fazendo seu download para Windows, Mac OS X, Linux Deb ou Linux Rpm.