Quais as melhores naves para rápidas viagens interestelares? (Fonte da imagem: Reprodução/Deviantart)
As viagens pelo espaço sempre nos fascinaram, dando origem a uma infinidade de produtos de ficção científica que exploram o tema. Não é preciso se esforçar muito para se lembrar de vários livros, seriados de televisão, filmes, jogos e histórias em quadrinhos que envolvem aventuras interestelares.
No entanto, quando observamos as mais modernas tecnologias de exploração espacial, percebemos a colossal diferença entre nossa capacidade real e aquilo que as histórias de ficção nos permitem imaginar. Basta comparar a sonda espacial Voyager 1, da Nasa, com qualquer espaçonave fictícia para perceber que a velocidade de aproximados 62.120 km/h do aparato real jamais seria o suficiente para permitir as aventuras dos filmes.
Mas qual a velocidade necessária para essas jornadas épicas e, mais importante, como funcionam os mecanismos por trás das famosas naves espaciais? A seguir, reunimos em ordem crescente as oito espaçonaves mais rápidas da ficção científica e detalhamos seus controversos meios de locomoção.
8 – Serenity (Firefly)
A nave do curto seriado televisivo é propulsionada por um ativador de reação a fótons, desenvolvido com base nos mesmos princípios da fusão nas estrelas. Embora a reação seja bastante estável, ela produz grande quantidade de plasma, tão quente quanto a superfície solar. O calor é disperso por meio de painéis térmicos no exterior do motor.
Em velocidade máxima, a Serenity levaria 16 dias para ir da Terra ao Sol. Dessa forma, uma viagem ao centro da galáxia seria tão ou mais lenta do que com a próxima nave da lista.
Serenity em plena viagem. (Fonte da imagem: Reprodução/AlphaPatriot)
7 – Jupiter 2 (Perdidos no Espaço)
A nave que levaria a família Robinson até um planeta habitável na órbita da estrela mais próxima ao nosso sol, Alpha Centauri, é movida por um “motor atômico” que faz uso de um mineral fictício bastante valioso chamado “deutronium”.
Em velocidade máxima, a Jupiter 2 levaria cinco anos e meio para terminar seu trajeto original até a região da nossa estrela vizinha, caso a família não tivesse se perdido. Extrapolando os números, vemos que o veículo dos Robinson levaria milhares de anos para ir até o centro da Via Láctea.
A família Robinson em um planeta desconhecido. (Fonte da imagem: Reprodução/Desktop Starships)
6 – Enterprise (Star Trek)
A nave de Kirk, Spock e sua equipe viaja pelo espaço empregando “dobras” de múltiplas escalas geradas pela aniquilação de matéria e antimatéria em seu motor. Segundo o guia do escritor para a série original, a “dobra um” seria equivalente à velocidade da luz, o segundo nível atingiria dez vezes mais rapidez, o terceiro seria 39 vezes mais veloz, e assim por diante.
A velocidade máxima ainda considerada segura é a “dobra seis”, portanto, valores mais elevados só devem ser utilizados em situações emergenciais. A partir do oitavo nível, a Enterprise começa a apresentar danos consideráveis. Mesmo na velocidade máxima, no entanto, a nave levaria algumas décadas para atingir o centro da nossa galáxia.
A Enterprise marcou presença através de várias gerações. (Fonte da imagem: Reprodução/Poder Naval)
5 – Millennium Falcon (Star Wars)
Quando Luke Skywalker encontra Han Solo pela primeira vez, o mercenário se gaba de sua nave falando que ela foi capaz de fazer “o percurso de Kessel em menos de 12 parsecs”. O problema da frase é que um parsec é uma medida de distância, não de tempo. Dessa forma, o personagem estava afirmando que foi capaz de concluir o trajeto com uma rota menor que a padrão, de 18 parsecs.
Para contornar o problema, um dos gibis de Star Wars posteriormente publicados explicou que Solo se referia, na verdade, ao trajeto encurtado que foi capaz de seguir com a nave, viajando pela borda de um buraco negro. Ainda assim, mesmo a afirmação de que a Millenium Falcon era capaz de fazer “0,5 a mais que a velocidade da luz” deixou dúvidas, pois ainda seria uma velocidade muito lenta para a aclamada “nave mais rápida da frota” dos Rebeldes.
Uma explicação mais moderna permite entendermos que esse número se refere à Classe do hyperdrive da espaçonave – quanto mais alto seu número, mais lenta ela seria. Dessa forma, enquanto os veículos com hyperdrives de Classe 1 estão entre os mais rápidos, o da Millenium Falcon seria de Classe 0,5, capaz de chegar a 28 anos-luz por hora.
4 – Galactica (Battlestar Galactica)
O “porta-aviões” interestelar do seriado viaja por meio de uma série de “saltos” de alguns anos-luz por vez, com um período de resfriamento de alguns minutos entre cada um deles. A velocidade precisa do veículo é difícil de ser determinada sem que tomemos algumas liberdades quanto à conversão das unidades de medida adotadas pelo programa de televisão, já que não se sabe quanto exatamente mede um “ano-luz Colonial”.
Estimando que a medida seja equivalente à da vida real, a nave de classe battlestar seria capaz de percorrer aproximados 4.600 anos-luz por dia. Dessa forma, seria possível chegar até o centro da Via Láctea após seis dias de “saltos” consecutivos.
3 – Planet Express (Futurama)
A nave de entrega de Fry e sua turma já os levou para diversas galáxias, planetas e até mesmo à fronteira do Universo, isso tudo com uma rapidez de assustar os cientistas de plantão. Estima-se que uma viagem na Planet Express da Terra até o centro da Via Láctea levaria apenas alguns minutos.
Para atingir essa absurda velocidade de locomoção, a espaçonave faz uso de um propulsor movido à base de matéria negra. O motor é capaz de puxar o Universo ao seu redor com 200% de eficiência de combustível.
Fry e sua turma partindo em uma nova aventura hilária. (Fonte da imagem: Reprodução/Fanpop)
2 – Tardis (Doctor Who)
O veículo utilizado pelo Doutor no famoso seriado tem seu nome originado da expressão “Time and Relative Dimensions in Space” (algo como “Tempo e Dimensões Relativas no Espaço”) e foi descrito como sendo capaz de visitar “todo o tempo e espaço; todo e qualquer lugar; cada estrela que já existiu” em questão de instantes.
Criada pelos extintos Lordes do Tempo, a Tardis possui um mecanismo de funcionamento misterioso que a permite se desmaterializar e se rematerializar em qualquer lugar. Em alguns episódios do seriado, a nave é descrita como um ser que não foi construído, mas sim cultivado. Além disso, o veículo possui inteligência singular, chegando por vezes a agir por conta própria.
A Tardis, permanentemente camuflada como cabine policial londrina. (Fonte da imagem: Reprodução/Deviantart)
1 – Coração de Ouro (O Guia do Mochileiro das Galáxias)
Talvez o primeiro e segundo lugares da lista devessem ser um empate, mas optamos por colocar a Coração de Ouro, da série de livros do inglês Douglas Adams, no topo da lista por conta de seu absurdo meio primário de propulsão: o Gerador de Improbabilidade Infinita.
Quando ativado, o mecanismo torna qualquer coisa possível – quanto mais improvável, melhor. Dessa forma, os tripulantes podem se mover instantaneamente para qualquer lugar do Universo, em qualquer época.
Que tal ir ao restaurante no fim do Universo? Ou redescobrir planetas esquecidos há milênios? A imaginação é o limite e está tudo ao alcance de um botão. Há, no entanto, um pequeno efeito colateral: ser transformado em um sofá, boneco de massinha, vaso de planta ou qualquer outra coisa. Mas não se assuste, as mutações são temporárias.
O que você achou dos mecanismos dessas espaçonaves? Acha que alguma nave é ainda mais rápida que essas? Deixe sua opinião nos comentários!
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