(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
É comum dizer que a tecnologia “encurtou as distâncias” no mundo. É claro que não houve mudanças físicas na separação entre diferentes cidades ou estados, mas ficou muito mais fácil a comunicação entre pontos distantes. E se os dois pontos que estivermos falando forem a Terra e Marte, a história não muda.
Hoje, a transmissão de dados entre os dois planetas está muito mais rápida do que era possível em 1976, quando as sondas Viking 1 e 2 chegaram ao Planeta Vermelho. E até mesmo o trajeto entre eles teve o tempo reduzido: a sonda Curiosity chegou a Marte em 253 dias, enquanto a Viking levou 335 dias para fazer o mesmo percurso.
Mesmo com os avanços, ainda são bastante limitadas as taxas de transferência entre os planetas (devido às longas distâncias que os separam). É preciso entender também que não existe apenas a sonda Curiosity e as antenas da NASA na Terra envolvidas no sistema. Entre as duas “extremidades” da comunicação, existem dois satélites.
Satélite Mars Odyssey (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
Cada um deles consegue se comunicar com a sonda Curiosity por no máximo oito minutos, armazenando até 250 megabytes de informações. Essa grande quantidade de dados será depois enviada pelos mesmos satélites até a Terra, mas levará cerca de 20 horas para que todos os dados sejam baixados.
A que velocidades são feitas as transferências?
Para cada segundo de transmissão, o satélite Mars Reconnaissance pode receber até 2 megabits de informações, enquanto o Mars Odyssey é limitado aos 256 kilobits. O envio de dados do dois satélites também é diferente: o primeiro chega aos 6 megabits, enquanto o segundo não passa dos 12 kilobits.
Mas a velocidade que chega até a Terra é bem menor do que isso, ficando entre os 500 bits e os 32 kilobits – que vão viajar cerca de 93 milhões de quilômetros até chegarem ao nosso planeta. Aqui, três grandes antenas são responsáveis pela captura das comunicações — uma delas fica nos Estados Unidos, outra na Espanha e a terceira na Austrália.