O rapper americano Kanye West divulgou que lançaria no fim de semana passado seu novo álbum, “The Life of Pablo”, no serviço de streaming Tidal e em seu próprio site, e o disco deveria chegar a outras plataformas como a Apple Music depois de uma semana. Isso fez com que o app do Tidal se tornasse rapidamente o mais baixado na App Store dos Estados Unidos.
No entanto, há alguns dias o artista publicou em seu perfil no Twitter uma mensagem em que afirmou: “Meu álbum nunca, nunca, nunca estará na Apple. E nunca estará à venda [em mídia física]... Você só pode consegui-lo no Tidal”. A opção de download a partir do site do cantor também foi interrompida, confirmando o que ele havia postado em seu tweet. Isso revoltou quem aguardava pelo disco em outras plataformas, já que esses fãs não pretendiam pagar pela assinatura do Tidal.
Mas o que realmente complicou as coisas foi West ter decidido tirar o disco do ar por uma semana, depois de apenas poucos dias do lançamento, mesmo depois de milhares de pessoas já terem feito o pagamento pelo conteúdo. Isso obrigou o serviço de streaming a reembolsar esses usuários ou solicitar que eles aguardassem pelo relançamento do álbum. Além disso, inexplicavelmente muitas pessoas tiveram cobranças duplicadas em seus cartões de crédito, o que só agravou ainda mais a situação.
My album will never never never be on Apple. And it will never be for sale... You can only get it on Tidal.
— KANYE WEST (@kanyewest) 15 fevereiro 2016
Para piorar, quem conseguiu baixar The Life of Pablo nos poucos dias em que o álbum esteve disponível passou a compartilhá-lo em páginas de pirataria. Segundo o site TorrentFreak, o disco se tornou rapidamente um dos mais pirateados da história, com mais de 500 mil downloads feitos apenas a partir de seus servidores. Vários outros serviços de download direto e sites de hospedagem também estão disponibilizando as faixas do rapper.
Graças ao rompante do artista no Twitter e suas decisões controversas, o que deveria ter sido um grande sucesso para a plataforma Tidal, que disputa mercado com Apple Music, Spotify e outros, se tornou um gigantesco fiasco. A imagem do serviço ficou severamente prejudicada nos EUA, já que é pouco provável que outros artistas decidam lançar suas músicas exclusivamente através dele, com medo de algo parecido acontecer.
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