Nos dias de hoje, não é incomum que as empresas façam mudanças em cargos de alto escalão, e uma certa “dança das cadeiras” se tornou algo corriqueiro mesmo entre as grandes companhias. Enquanto em muitos casos isso é necessário para que os negócios respirem novo ares e tomem rumos diferentes, em outros a mudança na diretoria é praticamente essencial. Esse é o caso da Baboom, que acaba de romper relações com seu criador, o famigerado Kim Dotcom.
É bem provável que o ódio que as gravadoras, músicos e outros membros da indústria fonográfica têm pelo famoso criador do site Megaupload – onde eram armazenados milhões de arquivos MP3 ilegais –, possam ter atrapalhado os negócios da empresa. Como a companhia precisa do apoio dos profissionais da área, a esperança é que a saída de Kim do comando da empresa possa facilitar os preparativos para o lançamento completo do site, previsto para o início de 2015.
Estando bom para ambas as partes...
Embora possa parecer algo traumatizante, tudo foi feito de comum acordo e de forma bem amigável. O poderoso da internet concordou com a argumentação e resolveu vender a sua cota de 45% da empresa, que ele mantinha através de um fundo familiar. Kim chegou a reconhecer, em uma postagem no seu perfil no Twitter, que estava atrapalhando os negócios e aproveitou para desejar sorte à empresa que ajudou a criar.
Good bye @Baboom. I was holding u back. The music industry hates me. You'll do better without me. Good luck my love. http://t.co/eByCsUizmR
— Kim Dotcom (@KimDotcom) October 2, 2014
O serviço, na sua forma atual, é um misto de SoundCloud com iTunes, dando aos artistas um espaço para disponibilizar seus trabalhos diretamente para o público. Baboom permite que as músicas possam ser ouvidas diretamente no site, via streaming, ou sejam baixadas para o computador do usuário.
A empresa pretende se diferenciar de concorrentes ao oferecer uma plataforma aberta a todos os tipos de artistas, oferecendo suporte a arquivos FLAC de alta qualidade, altas taxas de download e ferramentas para conferir estatísticas em relação à interação dos consumidores com o material ofertado pelo artista.
Será que a ideia vai para a frente sem a influência de Kim Dotcom? Fique atento no TecMundo para mais notícias sobre a empreitada.
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