26% das canções populares são escritas em dó/lá menor (C/am) (Fonte da imagem: Hooktheory)
Para a maior parte das pessoas pode parecer estranho coletar dados estatísticos a respeitos das músicas que costumam tocar nas rádios. Porém, para alguns, essa pode ser uma boa forma de estudar e entender como a música funciona e, principalmente, como elas podem ser produzidas.
Pensando nisso, o músico David Carlton, do site Hooktheory, analisou mais de 1,3 mil músicas populares em busca de padrões, ou seja, detalhes que fossem comuns à maior parte delas. A primeira parte do artigo sobre as estatísticas coletadas foi publicada no último dia 6 e explica, entre outros assuntos, que a base de dados analisada foi construída em cima do Top 100 da revista Billboard. No total, foram dois anos de pesquisas.
Alguns acordes são mais usados do que outros?
De acordo com o autor, essa pergunta não faz muito sentido, já que as músicas são escritas em tons diferentes. Uma composição em C# (dó sustenido), por exemplo, terá muitos C#, enquanto uma canção em G (sol) terá muitos acordes G.
Sendo assim, a melhor pergunta a se fazer seria “qual é o tom mais comum entre as canções populares”? A resposta já era a esperada: a maior parte dessas músicas foi composta em C (dó) e am (lá menor).
Sol e fá disputam os primeiros lugares dos acordes mais usados (Fonte da imagem: Hooktheory)
Porém, isso não foi o bastante para Carlton. Não satisfeito, ele transpôs todas as músicas da base de dados para dó, tornando-as mais comparáveis. Assim, como também era esperado, o acorde C (dó) foi um dos mais utilizados nas composições, porém, os primeiros lugares ficaram com G (sol) e F (fá).
O que vem depois do mi menor?
Depois do mi menor, vem o fá e o lá menor, na maior parte dos casos (Fonte da imagem: Hooktheory)
Outra curiosidade levantada por David diz respeito à relação entre os acordes. Em músicas feitas em C, qual seria o acorde que costuma acompanhar o mi menor (em)? Pois bem, em 93% dos casos, os mais usados são fá (F) e lá menor (am), sendo que o F é responsável por 59% das execuções.
Isso significa que, se você compuser uma música em dó e incluir um mi menor nela, é melhor pensar bem antes de tocar, logo a seguir, um acorde que não seja o fá ou o lá menor. Afinal, pode ser que o público não receba tão bem a sua criação.
E se você ainda não está convencido, assista ao vídeo abaixo para ver quantas músicas foram feitas usando os mesmos quatro acorde. Mas cuidado: isso pode acabar com o apreço que você tem por estes artistas.
Fonte: Hooktheory
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