A exclusividade temporária de um álbum de música em um serviço de streaming (para só depois surgir nos demais) deve se tornar algo cada vez mais frequente na internet. Isso porque o mais recente exemplo dessa estratégia provou-se um sucesso estrondoso — e lucrativo — em pouco tempo.
Segundo o The Wall Street Journal, o álbum "Views", do artista de hip-hop Drake, chegou e ultrapassou 1 milhão de cópias vendidas em apenas cinco dias. O número já é impressionante em toda a indústria fonográfica atual, por conta da facilidade de obtenção legal ou ilegal de música, mas fica ainda mais incrível: tudo isso foi obtido somente no Apple Music e no iTunes, que tiveram a exclusividade de transmissão do disco por uma semana.
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No Apple Music, foram mais de 250 milhões de transmissões do álbum, sendo cerca de 200 milhões somente nos Estados Unidos. Como o serviço conta com 13 milhões de assinantes, ou os mensalistas ouviram infinitamente o álbum ou muita gente passou a pagar pelo serviço. Existe também a possibilidade de vários consumidores terem ativado o período de teste gratuito — e aí está a chance de capturar novos membros.
Uma tendência que veio para ficar
Para evitar a pirataria ou a transmissão por meios mais simples, uma equipe contratada por Drake ficou de olho em sites como o YouTube para impedir que arquivos com o áudio de todo o CD fossem postados (ou permanecessem o mínimo de tempo possível antes de serem denunciados e removidos por infração de direitos autorais).
Exemplos anteriores já mostravam o sucesso dessa tendência de exclusividade no streaming. "Life of Pablo", de Kanye West e "Lemonade", de Beyonce, ficaram por um tempo somente no Tidal antes de serem disponibilizados a outros serviços rivais.
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