No meio de toda a recente tensão entre Estados Unidos e Rússia – com o FBI afirmando que a invasão de computadores do partido democrata foi feita por hackers russos e os americanos preparando uma operação de ciberataque contra o país – o governo de Vladimir Putin achou que era uma boa hora para mostrar ao mundo seu novo míssil termonuclear, apelidado de Satan 2.
A arma vai substituir o RS-36M, conhecido como Satan, que foi desenvolvido pela União Soviética durante a Guerra Fria. De acordo com o Sputnik, uma publicação alinhada com o governo do país, os novos mísseis tem capacidade para destruir completamente um território “do tamanho do Texas ou da França.”
As primeiras versões do Satan 2, que oficialmente se chama RS-28 Sarmat, foram testadas em agosto. O contrato para fabricação do míssil foi assinado em 2011 pelo Ministério da Defesa da Rússia e ele deve integrar as forças do país a partir de 2018.
O anúncio foi feito apesar do tratado assinado por Estados Unidos e Rússia em 2010, limitando o número de mísseis nucleares de cada país. Mas é importante lembrar que o governo americano também passa bem longe de poder ser considerado pacífico. Na última contagem, feita em 2014, os americanos tinham cerca de 4,6 mil ogivas nucleares prontas para serem usadas, com 200 delas localizadas na Europa.
Nenhum conflito militar entre os dois países deve ser esperado, mas é inegável que o momento de divulgação das imagens foi, no mínimo, inoportuno.
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