Review: mouse Razer Mamba 2015

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Como acontece com a maior parte das fabricantes de acessórios para computador, a cada ano a Razer se dedica a entregar aos consumidores ao menos algumas versões remodeladas de produtos antigos. É justamente isso o que acontece com o Razer Mamba 2015, que se trata de uma nova iteração de um dos mouses mais consagrados produzidos pela companhia.

A principal mudança do novo modelo fica por conta da introdução do novo sensor 5G de 16.000 DPI que a empresa está adotando em outros de seus dispositivos. O novo hardware traz a promessa de permitir que jogadores — tanto os profissionais quanto os casuais — tenham um desempenho ainda melhor em games de diversos estilos.

A companhia também aposta em alguns refinamentos para o visual do produto, cuja última encarnação data de 2012 — a análise você pode conferir clicando neste link. Para completar, o produto incorpora características da série Chroma que possibilitam personalizar de maneira bastante abrangente seu sistema de iluminação interna.

Design

Embora o novo Mamba seja facilmente reconhecido por quem está familiarizado com as versões anteriores do mouse, é difícil dizer o que mudou entre elas em um primeiro momento. No entanto, basta comparar gerações diferentes do produto para perceber que o modelo mais recente recebeu atenção especial da Razer.

A principal diferença fica por conta da parte frontal do dispositivo, que agora exibe uma espécie de grade semelhante àquela adotada no Naga 2014. Além disso, a fabricante realizou o reposicionamento de alguns botões para trazer uma experiência de uso mais confortável — aqueles responsáveis pelo ajuste de DPI, por exemplo, agora surgem de forma centralizada no corpo do acessório.

Também houve mudanças nas laterais; elas ganharam um acabamento emborrachado para evitar que o mouse escorregue da mão durante movimentos mais intensos. Os botões laterais também estão diferentes e ganharam um perfil mais discreto — por fim, o mouse incorpora duas faixas de iluminação que se aproveitam do sistema Chroma para oferecer diversas opções de personalização.

Essas mudanças resultam em um produto que não somente é mais bonito que sua encarnação lançada em 2012, como também mais confortável. As alterações de design feitas pela Razer se traduzem em um produto que mantém a aparência geral de suas versões anteriores ao mesmo tempo em que oferece um encaixe mais confortável e natural para a palma da mão e os dedos do usuário.

Para completar, o produto pode ser com ou sem fio graças à presença de uma base de comunicações auxiliar. O tamanho do cabo é bastante generoso e a transição entre esses dois modos de uso ocorre de maneira prática, o que significa que você não vai ter que se preocupar em encontrar pilhas (o dispositivo usa baterias internas) ou aguardar por uma recarga caso a energia disponível acabe.

Software

As melhorias visuais feitas pela Razer de nada adiantariam se a companhia não tivesse aprimorado também a parte interna de seu dispositivo. O novo sensor de 16.000 DPI produz resultados bastante agradáveis, mesmo que dificilmente algum jogador vá aproveitar suas capacidades máximas — fruto das limitações de tamanho dos monitores usados durante uma jogatina convencional.

Para aproveitar o verdadeiro potencial do acessório é indispensável instalar o software Synapse, através do qual você pode fazer os ajustes necessários de sensibilidade e iluminação do aparelho. Embora continue sendo uma boa opção em matéria de funcionalidades, o aplicativo ainda possui algumas limitações que irritam em determinados momentos.

O principal problema é o fato de que o Mamba depende muito do programa para funcionar corretamente, o que gera uma etapa adicional de configuração quando você conecta o mouse a seu computador. Isso só é compensado um pouco pelo fato de que atualmente o app se tornou integrado ao Windows Update, o que dispensa você a necessidade de o site da fabricante para baixá-lo.

Apesar desse inconveniente, o Synapse em si é um software bastante competente em suas funções. De maneira clara, ele permite ajustar a sensibilidade e a aceleração do Mamba 2015, assim como seus sistemas de cor e a maneira como ele reage a aspectos como o monitor estar ou não ligado — todas configurações que podem ser compartilhadas entre diferentes dispositivos através da nuvem.

Durante nossos testes, só tivemos problemas com o indicador de energia do software, que falhou em dar uma ideia da carga disponível no mouse. Enquanto a base de comunicação e o dispositivo piscavam para indicar que uma recarga era necessária, o programa continuou a mostrar que ainda havia 52% de carga para uso.

Desempenho

Mesmo com os problemas envolvendo o Synapse, o Razer Mamba 2015 apresentou um ótimo desempenho durante nossos testes. Seja para jogar ou para realizar tarefas cotidianas, poucos mouses são mais precisos ou confortáveis — tanto entre os produtos especializados em jogos quanto no universo dos periféricos com funções mais gerais.

As laterais emborrachadas do dispositivo garantem que ele não “escape” da mão durante nenhum momento e a possibilidade de criar diversos perfis de DPIs — alguns associados a softwares específicos — garante que você não vai perder muito tempo mexendo nas configurações do aparelho.

Uma das vantagens do novo sensor empregado pela fabricante é o fato de que ele não “perde” o sinal caso você decida retirá-lo de uma superfície. Ou seja, quem gosta de “pular” com a mão durante a jogatina não vai mais ser prejudicado por isso, algo que era um efeito colateral indesejável do uso da linha Twin Eyes da Philips, que até pouco tempo detinha a preferência da companhia.

Também merece elogios o posicionamento dos botões laterais do gadget, que se mostram fáceis de acessar sem interferir por acidente durante os períodos mais intensos de uma jogatina. A tecnologia Click Force também se destaca, permitindo o ajuste fácil da sensibilidade dos dois botões principais do aparelho — algo que vai se mostrar bastante útil para quem possui alguma limitação física ou simplesmente quer ter certeza de só ativar um movimento na hora certa.

Vale a pena?

Tenho que ser sincero: simplesmente adorei o novo mouse da Razer e tenho pouco a reclamar quanto a ele, especialmente do ponto de vista do hardware. Mesmo tendo alguns problemas com o Synapse, não há defeitos em quesitos como conforto, ergonomia e desempenho — seja usando o produto com ou sem fio.

O único motivo para você não querer adquirir o novo Mamba é o fato de que a concorrência— e a própria Razer — dispõe de produtos atrativos com faixas de preço semelhantes. Para citar um produto da própria companhia, devo dizer que acredito que o DeathAdder atualmente possui um custo-benefício mais vantajoso, trazendo como desvantagem a ausência de uma conexão sem fio.

Até o momento, o Mamba 2015 dificilmente é encontrado em lojas nacionais, porém é possível comprar sua Tournament Edition por aproximadamente R$ 600 em algumas lojas especializadas. O preço é alto e deve ser considerado abusivo por quem não vê diferença no emprego de mouses especializados, porém o investimento necessário é compensado por uma experiência de uso ótima — e pelo fato de que você dificilmente vai ter que adquirir em um periférico do tipo durante os próximos anos.

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