A Motorola pode ser a primeira empresa a utilizar a tecnologia do WattUp, um aparelho que converte ondas de radiofrequência – como as emitidas por um sinal WiFi ou comunicação por rádio – em energia convencional, que fica armazenada e pode ser utilizada depois para, por exemplo, carregar seu celular.
A sacada é que o dispositivo pode ser inserido dentro do smartphone, fazendo que ele se carregue sozinho, sem a necessidade de plugá-lo em algum lugar ou colocá-lo sobre algo específico. A Energous, empresa responsável pelo produto, já havia dado alguns indícios de que já estava trabalhando com uma grande companhia – e é aí que a Motorola Solutions entra.
É importante ressaltar que a divisão não é a mesma da Motorola Mobility, responsável pela produção de smartphones, acessórios e wearables focados no mercado consumidor. A Solutions, por sua vez, trabalha com a parte de tecnologias avançadas em telefonia, rádio, celulares e outros aparatos industriais – e são esses caras que estão mais próximos da Energous.
Quando vai acontecer?
Embora as notícias sejam certamente empolgantes, essa aproximação deve ser recebida com cautela, já que não há qualquer tipo de detalhe sobre o que ou até mesmo se algo está sendo desenvolvido em parceria.
O fato é que a Motorola Solutions fez um evento interno há alguns dias, para que os funcionários tivessem contato com empresas e parceiros que contribuem de alguma forma para os próximos lançamentos da companhia, e a Energous estava lá. É claro que isso não significa que o WattUp já está sendo utilizado, mas a participação dos responsáveis pela tecnologia no evento da Motorola significa que eles estão trabalhando em parceria – qualquer coisa além disso é especulação.
De qualquer forma, como o WattUp é o principal produto da Energous, por mais que ele seja utilizado em algum outro produto da Motorola, já é meio caminho andado para que a tecnologia chegue nos smartphones logo depois. Mas em um mundo sedento por mais vida útil em baterias e menos tempo perdido com cargas, ser a primeira empresa a lançar um smartphone autorrecarregável pode ser uma oportunidade única.
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