Em apenas um ano, a Motorola transformou completamente a sua imagem junto aos consumidores, em especial os brasileiros. Desde o lançamento do Moto G, em 2013, um smartphone que unia boas configurações a um preço extremamente competitivo, a empresa viu seu número de clientes crescer.
Embora o primeiro Moto X não tenha se saído tão bem assim, em especial pela desconfiança do público com relação ao sistema diferenciado adotado no processador, a segunda geração chegou ao mercado repetindo a estratégia do modelo intermediário e rapidamente entrou para a lista dos aparelhos mais desejados pelos consumidores.
Parecia que esse seria o fim dos lançamentos da empresa em 2014, mas a companhia foi além. Sem muito alarde, a Motorola colocou no mercado um verdadeiro monstro em especificações, o Moto Maxx. O aparelho une uma bateria robusta a um amplo espaço de armazenamento.
Juntamente com um processador de ponta, o Snapdragon 805, a ideia da companhia é brigar pelo título de melhor Android do mercado. E, para a felicidade do público, novamente a empresa manteve o preço do seu produto de igual para igual com os seus principais concorrentes. Será que vale a pena investir o seu dinheiro nesta novidade? Isso é o que vamos descobrir agora nesta superanálise.
Motorola Moto Maxx: especificações
- Sistema operacional: Android 4.4.4 (com atualização garantida para o Android 5.0)
- Tela: 5,2 polegadas OLED com proteção Gorilla Glass 3
- Resolução de tela: 2560x1440 pixels
- Densidade de pixels: 565 ppi
- Chipset/Processador: Qualcomm Snapdragon 805 quad-core Krait 450 de 2,7 GHz
- GPU: Adreno 420
- Memória: 3 GB RAM
- Armazenamento: 64 GB (não expansível)
- Câmera traseira: 21 MP (f2.0) com gravação de vídeo em 4K (24 fps), zoom digital de 4x e flash dual LED. Vídeo em câmera lenta (720p) e vídeo em HD 1080p (30 fps)
- Câmera frontal: 2 MP com vídeo em Full HD (1080p)
- Conectividade: WiFi (802.11 a/b/g/n/ac dual-band), NFC, UMTS/HSPA+ (3G de até 42.2 Mbps), LTE (bandas 02, 03, 04, 05, 07, 17 e 29 de até 150 Mbps), Bluetooth 4.0, USB 2.0
- Alto-falantes: uma saída frontal mono
- Codecs de som: AMR, MP3, 3GPP, MP4, AAC, AAC+, MIDI, WAV via rtsp
- Bateria: 3.900 mAh (não removível)
- Vedação: resistente a respingos de água
- Dimensões: 14,35 cm (altura) x 7,33 cm (largura)
- Espessura: 0,83 cm
- Peso: 176 gramas
- Cor: preta
- Extras: Moto (Voz, Ações, Assist., Tela), Migração Motorola, Alerta, Ajuda, Spotlight Stories, Motorola Conect, Sensores de movimento Infravermelho e Suporte ao TurboCharger
- Preço oficial: R$ 2.199
- Menor preço encontrado: R$ 1.930
Design
Robusto, mas adequado às suas mãos
Se fosse colocado lado a lado com um Motorola Novo Moto G ou mesmo com um Motorola Novo Moto X, um consumidor mais desavisado poderia apontar o Motorola Moto Maxx como o mais velho entre os três celulares. O principal aspecto que remete a isso é o fato de ele contar com botões capacitivos na parte de baixo, um recurso que cada vez se torna mais raro (e desnecessário) nos smartphones.
Dessa forma, se, por um lado, o aparelho adota a identidade visual do Novo Moto X, por outro, alguns elementos o remetem de volta à linha Razr. Isso não faz do Moto Maxx um aparelho feio, muito pelo contrário. Porém, ele não se parece com um celular moderno. Talvez até por conta disso a sensação de robustez do produto se destaque ainda mais.
Ele pesa 176 gramas, um pouco mais do que os seus concorrentes, mas a explicação nesse caso é simples: uma bateria com 3.900 mAh. Na parte frontal, se destacam o alto-falante (mono) e a câmera frontal, no topo do aparelho. Logo abaixo da saída de áudio há uma grande fresta bastante convidativa para acumular poeira.
Textura de nylon balístico
A tampa traseira não é removível e possui em seu contorno um acabamento emborrachado, que torna mais segura a pegada do produto. Mas a grande novidade está na textura da parte traseira, feita em nylon balístico. De fato, o tecido dá uma sensação de leveza ao produto, um toque necessário em um aparelho com aspecto mais rústico.
Entretanto, assim como ele tem suas vantagens, pudemos notar várias desvantagens nessa escolha. A primeira delas é o fato de ser um tecido: sim, ele está sujeito a desfiar, por exemplo, caso sua chave se enganche em algum ponto da trama de fios. Não é algo que vai acontecer toda hora, mas, estando dentro do seu bolso, com o passar dos dias ele está sujeito a isso.
Sem muito cuidado, caso você deslize o seu celular com frequência sobre a mesa, por exemplo, aos poucos o aparelho pode acumular sujeira com mais facilidade do que um produto cuja carcaça seja de plástico ou metal. No entanto, a situação pode ser resolvida com um pano úmido. Vale lembrar que o aparelho não é resistente à água, mas sim a respingos de água. Ou seja: nada de mergulhá-lo ou molhá-lo sem necessidade. Ele pode até resistir, mas não foi feito para isso.
Um Novo Moto X mais parrudo
Pense no Moto Maxx como uma versão mais potente do Novo Moto X. Por conta disso, muito elementos comuns à segunda geração do Moto X também estão presentes aqui. Um exemplo são os sensores na parte frontal, que identificam movimentos, luminosidade e proximidade.
Na face traseira se destaca a câmera rodeada pelo anel de difusão do sistema de flash duplo. Abaixo, você encontra a logo da Motorola com acabamento emborrachado, com as mesmas cores das bordas do smartphone. Os botões de energia e controle de volume estão localizados na lateral direita – e esses são os únicos itens nas laterais do produto.
Embora no anúncio da versão internacional do aparelho tenham sido divulgadas imagens de um Moto Maxx com acabamento na cor vermelha, essa versão não está sendo vendida no Brasil e também não há previsão de que isso vá acontecer. Os consumidores brasileiros ficam com apenas uma opção de acabamento: a versão na cor preta.
Hardware
Somente o que há de melhor
É nesta categoria que o Moto Maxx, de fato, começa a se destacar dos seus concorrentes, ao menos em termos técnicos. A começar pela tela, de 5,2 polegadas, com resolução de 2560x1440 pixels, a mais alta entre os smartphones disponíveis na atualidade ao lado da do LG G3. Contudo, o aparelho da empresa sul-coreana possui um display com 5,5 polegadas, o que resulta em uma densidade de pixels menor: 534 ppi, contra 565 ppi do celular da Motorola.
A capacidade de processamento também impressiona. O modelo conta com o chipset Qualcomm Snapdragon 805 e a CPU quad-core Krait 450 de 2,7 GHz. A GPU é a Adreno 420 e são 3 GB de RAM para dar vazão a toda essa capacidade de processamento. Além disso, há 64 GB de espaço disponível para armazenamento, uma quantidade mais do que suficiente. Porém, não há compatibilidade com cartão micro SD.
Testes de benchmark
Para a realização desta análise, submetemos o Motorola Moto Maxx a cinco aplicativos de benchmark. São eles: 3D Mark (Ice Storm Unlimited), AnTuTu Benchmark 5, Basemark X, GFX Bench (T-Rex HD Offscreen) e Vellamo Mobile Benchmark (HTML5 e Metal).
O Motorola Moto Maxx não só foi o vencedor de todos o s testes de benchmark como demonstrou um desempenho consideravelmente melhor do que qualquer outro modelo com Android já testado pelo TecMundo. Confira os quadros comparativos em cada um dos testes.
3D Mark (Ice Storm Unlimited)
O teste Ice Storm Unlimited, do 3D Mark, é utilizado para fazer comparações diretas entre processadores e GPUs. Fatores como resolução do display podem afetar o resultado final. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.
AnTuTu Benchmark 5
Um dos aplicativos de benchmark mais conceituados em sua categoria, o AnTuTu Benchmark 5 faz testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Os resultados são somados e geram uma pontuação final. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.
Basemark X
O Basemark X tem como foco principal mensurar a qualidade gráfica dos dispositivos. Baseado na engine Unity 4, o app aplica testes de alta densidade, mostrando qual dos aparelhos se sai melhor na execução de jogos. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.
GFX Bench (T-Rex HD Offscreen)
Vellamo Mobile Benchmark
O Vellamo Mobile Benchmark aplica dois testes ao aparelho: HTML5 e Metal. No primeiro deles, é avaliado o desempenho do celular no acesso direto à internet via browser. Já no teste Metal, o número final indica a performance do processador. Quanto maior a pontuação, melhor é o desempenho.
Desempenho acima da média
Vamos ser bem objetivos nesse quesito: o Motorola Moto Maxx é o melhor smartphone Android que já passou pela redação do TecMundo. Simples assim. Nos testes de benchmark, que sempre repetimos ao menos três vezes, em todas as ocasiões ele obteve números maiores do que os de qualquer outro top de linha do mercado atual.
Isso por si só já demonstra o poder do Snapdragon 805 em relação ao Snapdragon 801, presente na maioria dos concorrentes. É possível afirmar que em termos numéricos, o desempenho do novo chipset é entre 10% e 15% superior, o que, convenhamos, é algo para deixar qualquer consumidor satisfeito.
Então você deve estar se perguntando: “eu devo trocar o meu celular top de linha por um Motorola Moto Maxx”? A resposta é: depende. Sim, porque embora numericamente não exista nenhuma dúvida de que ele se sai melhor, na prática, no dia a dia de uso, a diferença não é tão grande assim.
Praticamente todos os tops de linha disponíveis na atualidade são capazes de executar com tranquilidade tudo aquilo que existe disponível na Play Store. O Moto Maxx não é diferente. Você não terá problema algum com ele em nenhum jogo, por exemplo, assim como provavelmente não encontrará dificuldades com o Novo Moto X, com o LG G3 ou com o Xperia Z3.
O poder de processamento de todos eles é mais do que suficiente para o que você precisa hoje, mas isso não significa que esse será o cenário, por exemplo, daqui a dois anos. Hoje, trocar um top de linha atual pelo Moto Maxx não fará muita diferença no seu dia a dia em termos de desempenho. Porém, é bem possível que ele tenha uma vida útil um pouco maior do que a dos seus concorrentes, pelo menos uns seis meses a mais de vantagem, uma diferença que você verá só lá na frente.
Tela com qualidade exuberante
Podemos ser categóricos em afirmar que a tela do Moto Maxx é uma das melhores, se não for a melhor, entre os smartphones Android disponíveis no mercado. A densidade de pixels chega a impressionantes 565 ppi, um número mais do que suficiente para que perceber algum tipo de pixelização na tela se torne praticamente impossível.
Se comparada à tela do LG G3, que chega aos 534 ppi, a diferença é imperceptível ao olho humano – numa prova de que estamos em um limiar em que resoluções como essas em smartphones são mais do que suficientes. Em outras palavras: não se preocupe com a tela, você não vai ter motivo algum para se incomodar com esse quesito.
Os níveis de controle de brilho e intensidade de cores são satisfatórios e, com o brilho configurado no máximo, dificilmente você vai encontrar outro display tão nítido e vívido como o do Moto Maxx. Sob a luz do sol o índice de reflexo é baixo, o que garante que você não terá problemas para utilizá-lo ao ar livre. Além disso, praticamente não há distorção de cor quando você observa a tela de um ângulo desfavorável.
Por fim, há que se ressaltar a suavidade que percebemos ao deslizar os dedos sobre o display, cuja camada com proteção oleofóbica parece ser bastante eficiente. Como garantia adicional para o consumidor, o aparelho conta ainda com a proteção Gorilla Glass 3.
Armazenamento de sobra
Alguns usuários podem questionar o fato de que o Moto Maxx não possui memória expansível, ou seja, não apresenta entrada para cartão micro SD. Essa característica seria um problema em um aparelho deste porte caso ele tivesse 16 GB ou menos de espaço de armazenamento, o que definitivamente não é o caso.
A única versão do aparelho a chegar ao Brasil conta com 64 GB de capacidade. Desconte aí uns 3 GB ou 4 GB relacionados ao sistema operacional e a alguns aplicativos-padrão e você tem pelo menos 58 GB de espaço para guardar suas imagens, vídeos e instalar novos aplicativos – o que nos dias atuais é mais do que o suficiente para a imensa maioria dos consumidores.
Qualidade de áudio
O quesito qualidade de áudio é o primeiro desta análise em que o Moto Maxx não é uma referência. Nesse caso, o novo aparelho da Motorola segue as mesmas opções de construção do Novo Moto X. Porém, isso não significa que a sonoridade do aparelho seja ruim: ela apenas não é a melhor entre os principais tops de linha do mercado.
O modelo conta com um alto-falante frontal com som de boa qualidade, volume alto e nível de distorção baixo. Entretanto, o som não é estéreo, assim como não é no Novo Moto X. Curiosamente, o intermediário Novo Moto G é o único a contar com som estéreo no portfólio da Motorola. Por outro lado, o posicionamento da saída de áudio é o melhor possível, garantindo que você não a cobrirá com as mãos quando for jogar, por exemplo.
O Moto Maxx vem acompanhado ainda por fones de ouvido intra-auriculares de boa qualidade. Em nossos testes, percebemos que o nível de graves e agudos reproduzidos pelo acessório é bastante satisfatório e deve agradar a maioria dos usuários. Aqueles que são mais detalhistas quanto ao assunto certamente escolheriam um fone com qualidade profissional, algo que praticamente nenhum smartphone entrega em seu pacote inicial.
Bateria imbatível
A bateria do Moto Maxx é o principal atrativo do aparelho. Na comunicação utilizada pela Motorola, a capacidade do smartphone em armazenar carga – são 3.900 mAh – é um dos principais pontos abordados. E, felizmente, na prática o celular não decepciona nesse quesito, indo muito além do que poderíamos esperar.
Em uso moderado, checando emails, acessando redes sociais e conferindo notificações ao longo do dia, a carga da bateria chegou a durar até 3 dias inteiros – um índice que somente o Moto Maxx alcançou até agora. Caso você estresse um pouco mais o aparelho, dois dias de uso são suficientes para drenar a carga por completo. Já no teste de exibição de vídeo de forma contínua, conseguimos chegar a quase 10 horas de reprodução de imagens em HD no Netflix.
Recarga em modo turbo
Com carga suficiente para o dia todo, o processo de recarga é igualmente satisfatório. Em nossos testes, o aparelho levou em média 50 minutos para carregar 40% da carga. Em cerca de 2 horas e 10 minutos é possível levar a carga de 0% a 100%.
Vale lembrar que esses números são válidos apenas para recarga do aparelho com o carregador oficial da Motorola, que acompanha o celular, plugado na tomada. A recarga via USB no PC, por exemplo, é feita em velocidade normal, sem nenhum diferencial nesse quesito. Por isso, a recomendação é utilizar apenas o carregador oficial caso você queira mais velocidade.
É preciso mencionar ainda que durante o processo de recarga em modo turbo o aparelho esquenta bastante, muito acima da média do que acontece na recarga de outros celulares. Isso pode ser explicado pela saída de 12V com 1,2A de carga. Os níveis de calor atingidos pelo aparelho, segundo a Motorola, são seguros, por isso não se assuste com o fato de ele esquentar mais do que o normal.
Câmera traseira
A qualidade final das imagens das câmeras dos celulares da Motorola nunca esteve entre as tops de linha. Vamos deixar bem claro: não estamos dizendo que as câmeras do Moto X e do Novo Moto X são ruins, longe disso. Apenas é possível constatar que, na prática, existem smartphones com câmeras melhores, como o LG G3, o Nokia Lumia 920 e o iPhone 6.
Porém, houve uma grande evolução no Moto Maxx. O sensor principal chega agora aos 21 megapixels e garante imagens nítidas e limpas. Há pouca distorção nas cores, e as imagens não tendem para alguma paleta de cor. Parece haver equilíbrio no resultado final, em especial nas fotos capturadas durante o dia.
Em fotos noturnas a situação piora um pouco, mas não a ponto de considerarmos a o resultado ruim. De fato, esta é a melhor câmera já incluída em um smartphone da companhia e, sem dúvida, ela se coloca de igual para igual com as câmeras dos principais tops de linha da atualidade.
O aparelho permite ainda a captura de vídeos em 4K, com um resultado bastante expressivo. Diferente do que percebemos no Xperia Z3, o aparelho não esquenta tanto durante a gravação nesse formato, uma prova de que o processador mais eficiente faz toda a diferença nessa tarefa. Por fim, é possível gravar vídeos em câmera lenta, mas com resolução 720p.
Câmera frontal
A câmera frontal do Moto Maxx tem 2 megapixels de resolução e grava vídeos em 1080p. Embora essa resolução seja mais do que suficiente para uma câmera frontal, não há como não notar um certo nível de granulação em praticamente todas as imagens, mesmo aquelas tiradas em ambientes com iluminação satisfatória.
Entretanto, não há nada com que se preocupar. Os resultados finais são aceitáveis tanto para fotos quanto para vídeos. Aqueles que planejam participar de videoconferências usando o celular também podem ficar tranquilos: o Moto Maxx dá conta do recado.
Software
Exatamente o mesmo do Novo Moto X
Não importa se você escolheu o Novo Moto X ou o Moto Maxx: o software que você está levando para casa é exatamente o mesmo. Os mesmos sensores, a mesma interface, as mesmas funções exclusivas. Tudo aquilo que já mencionamos na superanálise do Novo Moto X também se aplica ao Moto Maxx e, portanto, não vamos nos alongar nessa parte.
Como já é tradição na nova geração de aparelhos da Motorola, a empresa opta novamente por uma versão muito próxima do Android puro. Ele chega às lojas com o KitKat, mas já com a garantia de que receberá atualização para a versão Lollipop (embora ainda não exista uma data oficial de quando isso vai acontecer).
As chamadas “funções especiais” estão presentes, assim como no Novo Moto X. A porta de entrada para essas novidades é o app “Moto”. Sem tocar no smartphone, você pode fazer pesquisas no Google Now, ativar um alarme, ouvir seus SMSs ou até mesmo as suas notificações.
A frase de inicialização, que antigamente se limitava a “OK, Google”, agora pode ser personalizada. O reconhecimento do timbre de voz do proprietário foi aprimorado, mas ainda não está perfeito. Por fim, o Moto Maxx também conta com o recurso Moto Tela, que acende apenas alguns pixels da tela para mostrar notificações, economizando assim a bateria.
Vale a pena?
Se a Motorola já havia dado um tiro certeiro no lançamento do Novo Moto X, com o Moto Maxx ela surpreendeu e acertou em cheio ao colocar no mercado um produto com especificações técnicas acima da média mantendo um preço competitivo se comparado ao dos seus principais concorrentes.
O modelo chega às lojas por R$ 2.199, valor de lançamento que é mais baixo do que os oficiais à época da chegada do Samsung Galaxy S5, do Sony Xperia Z3 ou do LG G3 às lojas. E, sem sombra de dúvidas, ele se mostra um produto mais completo, oferecendo mais em praticamente todos os quesitos: tela, processador e, principalmente, bateria.
Aliás, a duração de bateria é o grande diferencial desse verdadeiro “monstro” lançado pela Motorola. Os 3.900 mAh de capacidade fazem com que a carga do aparelho dure tranquilamente de dois a três dias em uso moderado. Mesmo em uso mais intenso, são necessários dois dias para drenar a carga do smartphone – algo que não se encontra por aí todos os dias.
Com o lançamento do Moto Maxx, a Motorola pode ter iniciado uma tendência que se consolidou no mercado de intermediários: preços mais baixos do que a concorrência em um hardware similar. Embora o design do produto não transpareça a qualidade que ele de fato tem, as falhas que percebemos são pontuais. O Motorola Moto Maxx termina 2014 com o título de melhor smartphone Android disponível no mercado.
FAQ
Você pergunta e o TecMundo responde.
1 - O revestimento de nylon balístico tende a desfiar?
Sim, embora seja difícil isso acontecer. Em nossos testes, em algum momento no bolso a ponta de uma chave tirou um fiapo da parte traseira do aparelho. Em curto prazo, é pouco provável que isso se torne um problema, mas ao longo de um ou dois anos de uso existe a possibilidade de que alguns pontos desfiem.
2 – O Moto Maxx tem Rádio FM ou TV Digital?
Não. Nenhum dos dois recursos está presente no aparelho. Portanto, se você procura um smartphone para ouvir suas emissoras de rádio preferidas ou ainda assistir a programação de TV, procure outro aparelho.
3 – O Moto Maxx é à prova d’água?
Não, ele não conta com nenhum tipo de certificação que o torne resistente à água ou à poeira. Segundo a Motorola, o aparelho é resistente apenas a respingos de água. Isso significa que você não pode mergulhar o aparelho, pois, caso algo errado aconteça, a garantia não cobrirá defeitos ocasionados.
4 – O Moto Maxx é compatível com recarga wireless?
Não é. Essa funcionalidade não está presente no Moto Maxx.
5 – O Moto Maxx esquenta muito?
Em nossos testes, não percebemos nenhum tipo de aquecimento significativo durante o uso. Mesmo durante a gravação de um vídeo 4K, recurso que sobrecarrega bastante a capacidade de processamento do aparelho, ele não esquentou de forma significativa. Porém, durante o processo de recarga, percebemos que ele ficou mais quente do que o normal se comparado com a recarga de outros aparelhos. Contudo, não é nada alarmante, e tudo está dentro de níveis aceitáveis.
6 – O Moto Maxx terá atualização para o Lollipop?
Sim, a Motorola já garantiu que o Moto Maxx será compatível com o Android 5.0. Porém, ainda não existe uma data oficial para que a atualização seja disponibilizada. A expectativa é que isso aconteça ainda nesse ano, mas não é uma garantia.
7 – O Moto Maxx funciona como controle remoto universal?
Não, o Moto Maxx não é compatível com esse recurso.
8 – O Turbo Charger do Moto Maxx funciona?
Sim, funciona. Em nossos testes, o aparelho carregou 20% em 23 minutos, uma média de quase 1 minuto por percentual de bateria. Para isso, entretanto, é preciso utilizar o carregador que acompanha o produto, plugado diretamente na tomada. Porém, o aparelho esquenta bastante durante a recarga.
9 – Os recursos de software do Moto Maxx são parecidos com os do Novo Moto X?
São exatamente os mesmos recursos e o mesmo software. Nesse sentido, não há nenhuma diferença entre eles.
10 – Será que no futuro teremos uma versão dual SIM do Moto Maxx?
A Motorola nunca mencionou isso, então não temos como saber. A princípio, não há previsão de lançamento de outras versões do Moto Maxx.