A investigação a respeito do acidente no Texas envolvendo um automóvel da Tesla que matou duas pessoas continua — e agora ganhou um novo e polêmico capítulo.
Em uma conversa com investidores realizado na última segunda-feira (26), executivos da montadora afirmaram que as autoridades locais estão erradas sobre uma conclusão tirada no local do acidente. De acordo com a polícia, não havia ninguém no banco do motorista no momento do acidente e o piloto automático do carro estava ligado.
Isso é considerado não apenas ilegal dentro das atuais leis sobre autonomia nos Estados Unidos, mas também uma falha do Autopilot da montadora, que não deveria operar sem o condutor sentado e com as mãos próximas ao volante.
Disputa de narrativas
Segundo a companhia, entretanto, o motorista de fato estava no assento. Essa conclusão foi tirada após uma inspeção realizada por representantes da marca junto com autoridades de tráfego e transporte, notando que o volante possuía deformações características do contato com o corpo humano no momento de uma batida.
Além disso, a Tesla diz que os cintos de segurança estavam desafivelados, o que não é possível no Autopilot. Entretanto, o cartão de memória do carro não pôde ser recuperado, evitando uma análise mais precisa.
Os policiais que avaliaram a cena do acidente e atenderam a ocorrência alegaram "100% de certeza" de que o banco estava desocupado na hora da batida.
E agora?
Em declaração após o acidente, o CEO da Tesla, Elon Musk disse que a empresa tinha certeza de que o Autopilot não estava ativado no momento da batida. Só que, quase ao mesmo tempo, engenheiros descobriram que é possível enganar o sistema do carro e fazer o Autopilot funcionar sem um condutor presente.
O acidente ocorreu próximo da cidade de Houston em 17 de abril. Um carro Model S bateu e pegou fogo, vitimando os dois ocupantes do veículo.
As investigações seguem em andamento e, até agora, as autoridades policiais do Texas não comentaram a declaração.
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