Após quase 1 semana de aperto literal, o desastre do porta-contêineres Ever Given, encalhado no Canal de Suez, chegou ao fim, e o meganavio flutuou na segunda-feira (29). E a ajuda veio do céu: uma enorme Lua cheia, que deve atingir hoje seu perigeu (ponto mais próximo da Terra), contribuiu para a elevação das marés na região do canal.
Na noite de domingo (28), enquanto as equipes de trabalho se alternavam nas tarefas de dragar areia e puxar o navio, ocorreu um fenômeno conhecido como “maré sizígia”, termo que vem da astronomia e identifica de forma abrangente o alinhamento de três corpos pertencentes a um mesmo sistema gravitacional — no caso a Terra, a Lua e o Sol.
(Fonte: AFP/Getty Images/Reprodução)Fonte: AFP/Getty Images
Como esses dois objetos celestes são os que exercem a maior atração gravitacional sobre nosso planeta, a resposta mais óbvia ao fenômeno é uma elevação das águas dos oceanos. Por isso, quando ocorre uma Lua cheia e na Lua nova, a atração se junta à do Sol em um movimento também conhecido como maré real que, segundo o The New York Times, elevou as águas do Canal de Suez em até 46 centímetros.
E a Lua estava realmente cheia na noite de domingo. Falando à Associated Press, o CEO da empresa de salvamento Boskalis, Peter Berdowski, reconheceu: “Tivemos uma ajuda enorme da forte maré vazante que ocorreu nesta tarde”. Para ele, as forças da natureza deram aquele empurrãozinho, “e foi um empurrão mais forte do que dois rebocadores poderiam puxar”.
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