No que pode ser um dos maiores avanços no campo das baterias “sem massa”, cientistas publicaram uma pesquisa mostrando um tipo de bateria estrutural pelo menos dez vezes superior a qualquer experimento anterior do gênero. Essa bateria é chamada de estrutural porque pode suportar o peso como parte de uma estrutura, como se as vigas de uma casa pudessem acumular energia.
Isso, na prática, significa que as baterias de futuros carros elétricos, smartphones e outros dispositivos poderiam se tornar sem peso, porém mantendo as propriedades de armazenar energia. E a ideia é muito simples: se a bateria for parte integrante do corpo ou outros detalhes estruturais do dispositivo, ela não pode ser contada com um peso extra. Ou seja, não haverá mais um acumulador separado do equipamento.
No novo estudo, publicado no final de janeiro (27), na revista Advanced Energy & Sustainability Research, cientistas da Chalmers University e KTH Royal Institute of Technology da Suécia revelam de que forma materiais de engenharia podem armazenar energia elétrica em caminhos de carga estruturais.
A utilidade das baterias estruturais
Usuários óbvios das novas baterias serão os veículos elétricos que há décadas enfrentam o dilema de ter que lidar com um volume massivo de baterias, que ocupam espaço e aumentam o peso, sem nenhum ganho à estrutura real do carro. Com o uso da nova tecnologia, esses veículos teriam que ser redesenhados para carregar em si o peso das baterias.
Para viabilizar essa técnica, os pesquisadores colocaram uma camada de tecido de vidro amortecedor entre cada eletrodo positivo e negativo, depois embalaram tudo com um eletrólito de polímero da engenharia espacial, e curaram em um forno. Disso resultou uma célula de bateria resistente, plana, com boa condutibilidade e ótima resistência em testes de tração em todas as direções.
O próximo passo é melhorar o desempenho atual da bateria, de 24 Wh/kg para 75 Wh/kg, o que pode ocorrer com o uso de materiais ainda mais leves e resistentes.
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