Um recente estudo indica que 40% dos usuários de patinete selétricos se machucam no primeiro uso. A análise foi feita pela organização Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), que entrevistou 103 usuários atendidos em 2019 pelo Hospital Universitário George Washington, nos Estados Unidos.
A organização também descobriu que 58% das quedas ocorrem em calçadas, devido a buracos e placas de sinalização. Felizmente, apenas 13% dos entrevistados se machucaram em colisões com carros, caminhões ou ônibus.
A vice-presidente de pesquisa do IIHS e principal autora do estudo, Jessica Cicchino, analisa que essa baixa porcentagem pode indicar que donos de patinetes preferem transitar nas calçadas — o que aumentaria o risco de colisão com pedestres. No entanto, a pesquisadora afirma que, caso os patinetes elétricos sejam "movidos" para as ruas, o número de acidentes graves pode aumentar.
Dilema de segurança
Apesar disso, algumas cidades dos EUA, como Denver e San Antonio, proibiram o uso desses veículos nas calçadas completamente; enquanto outras apenas criaram algumas restrições, como Washington, D.C.
Nos últimos dias, a capital norte-americana aprovou um projeto de lei que estabelece novas regras para empresas que alugam patinetes elétricos, como o fornecimento online de aulas gratuitas sobre segurança no trânsito.
Patinetes elétricos e pandemia
Durante a pandemia, determinados centros urbanos registraram um aumento no uso de patinetes elétricos. Isso porque esses veículos proporcionam uma locomoção sem aglomerações — ao contrário dos ônibus, trens e metrôs.
Essa mudança gera novos desafios para as cidades, que precisam incorporar os patinetes ao seus sistemas de trânsitos. Alguns centros, no entanto, preferem recorrer a proibições diretas.
É o exemplo de Copenhague, capital dinamarquesa, que vai banir o aluguel desses veículos das áreas centrais em 2021, porque seu uso colocaria em risco idosos que transitam nas calçadas e espaços públicos.
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