Fraude na Nikola ameaça futuro de caminhões a hidrogênio

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Imagem: https://nikolamotor.com/one

A comercialização em massa de caminhões elétricos movidos a hidrogênio pode estar mais longe, após a confirmação de fraude envolvendo a Nikola, especializada em projetar caminhões com essa tecnologia. Recentemente, a empresa Hindenburg Research descobriu que o fundador da companhia, Trevor Milton, mentiu durante o evento de apresentação do Nikola One, em 2016, ao afirmar que o veículo era 100% funcional.

A Nikola chegou a argumentar que a notícia era velha e não fazia mais sentido, já que não comercializa mais modelos Nikola One, e, atualmente, possui um protótipo funcional do Nikola Two.

No entanto, Milton admitiu que, à época, o vídeo promocional utilizou o caminhão descendo uma ladeira, sem estar ligado, o que forçou sua renúncia no último domingo (20).

Ontem (23), após o The Wall Street Journal publicar que a companhia está enfrentando dificuldades para encontrar parceiros para construir uma rede planejada de postos de abastecimento de hidrogênio, as ações da Nikola desabaram 26%, encerrando pregão a US$ 21,15.  Esse valor é 57% inferior ao do dia 8 de setembro, quando a empresa anunciou que GM se comprometeu a projetar e fabricar sua picape Badger.

Fraude na Nikola pode dificultar negócios com parceiros.Fraude na Nikola pode dificultar negócios com parceiros.Fonte:  Nikola Motor/Divulgação 

Rede de abastecimento de hidrogênio é vital para a Nikola

Após a anúncio da parceria com a GM, os negócios da Nikola vinham decolando, e a empresa parecia encontrar parceiros com mais facilidade.

Agora, ao que tudo indica, parece que seus planos para comercializar caminhões movidos a hidrogênio, em massa, podem sofrer um atraso.

Em vez de vender caminhões, a Nikola deverá alugá-los a uma taxa fixa por quilômetro, cobrindo o combustível e a manutenção. Essa foi a estratégia encontrada para a companhia reduzir o risco que os clientes vão assumir ao adquirir uma tecnologia não comprovada, e que inclui uma rede planejada de postos de abastecimento de hidrogênio, que só seria viável por meio de um acordo com diversas empresas parceiras.

Contudo, após o relatório da Hindenburg Research, a conclusão desse acordo foi adiada.

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