Uma multa de US$ 1,5 bilhão foi aplicada à fabricante de automóveis Daimler AG e à sua submarca Mercedes-Benz nos EUA por autoridades californianas, que acusam as empresas de terem maquiado os resultados de testes de emissões de gases poluentes. De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), a Agência de Proteção Ambiental (EPA) e o gabinete do procurador-geral do estado norte-americano, as montadoras utilizaram um dispositivo de trapaça, capaz de interferir e até de desativar controles de emissões em condições reais de condução para conquistar pontuações mais favoráveis que as reais.
Segundo levantamentos, mais de 250 mil carros e vans foram vendidos com esses equipamentos entre 2009 e 2016 e, por consequência, circulavam sem que padrões de emissões estaduais ou federais fossem atendidos. Agora, a multa aguarda a aprovação em Washington. Caso vá para a frente, será necessário consertar 85% dos carros afetados nos próximos dois anos e 85% das vans em três anos – e seus motoristas receberão garantias estendidas para algumas peças, dada a possibilidade de serem prejudicadas pelo procedimento.
A punição, entretanto, não para por aqui, já que a Mercedes-Benz será a responsável por realizar testes todos os anos pelos próximos cinco anos para garantir que os veículos reparados atendam aos regulamentos federais.
Multa bilionária foi aplicada à fabricante por fraudes em testes.Fonte: Reprodução
Escândalo Dieselgate
Além das medida bilionária, a Daimler AG deverá dedicar US$ 17,5 milhões à aplicação de leis que protegem o meio-ambiente e se junta ao escândalo conhecido como Dieselgate, que envolveu várias técnicas fraudulentas usadas pela Volkswagen, de 2009 a 2015 para reduzir as emissões de dióxido de carbono e óxido de nitrogênio de alguns dos seus motores a diesel e gasolina nos testes.
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