Um levantamento realizado pelo NZN Intelligence e oferecido pelo Summit Mobilidade Urbana 2020 Estadão, evento que aconteceu nesta quarta-feira (12) em formato digital e gratuito, mostra que o carro particular pode ser o modal mais utilizado ao fim da quarentena.
Dos mais de 3 mil entrevistados para a enquete Mobilidade urbana e covid-19: mudanças de comportamento e projeções para o pós-quarentena, 48% disseram que pretendem usar o veículo próprio como principal meio de locomoção ao término do isolamento social.
Uma das hipóteses para essa dado é a preocupação com a segurança sanitária, que deve continuar. Para 78% dos respondentes, as cidades e as empresas de transporte coletivo não estão aptas a garantir a segurança da saúde dos passageiros após o período de isolamento social.
Infográfico prevê comportamento pós-quarentena
Os dados mostram que 67% dos entrevistados gostariam que as medidas de higienização no transporte compartilhado se intensificassem após o período de isolamento, e 58% das pessoas levarão em conta a higienização dos veículos na hora de escolher sua forma de deslocamento no pós-quarentena.
A atenção para a segurança no transporte compartilhado é fundamental, já que, segundo o levantamento, 31% das pessoas planejam usar majoritariamente o transporte público e 18% pretendem se deslocar sobretudo por carros de aplicativo.
O medo de aglomerações também deve levar muita gente à mobilidade ativa. Segundo a pesquisa, 25% querem se deslocar especialmente a pé e 13% pretendem lançar mão da bicicleta própria.
Bicicletas estão entre os modais escolhidos pelos entrevistados para fugir de aglomerações.
Para 25% dos participantes, o deslocamento a pé será meio mais seguro e prático nos próximos meses. Outros 18% escolheram os aplicativos de carros, e 13% vão usar as suas bicicletas. A moto foi o modal apontado por 7% dos entrevistados, enquanto as bicicletas e as patinetes compartilhadas foram mencionadas por apenas 1%.
Retorno das atividades
A higienização dos veículos de transporte coletivo, como ônibus e metrôs, é a maior preocupação dos entrevistados.
Segundo a enquete, há ainda grande pessimismo com relação ao retorno da mobilidade habitual ainda neste ano. Para 71% dos respondentes, suas atividades não serão retomadas ainda em 2020; e quase metade dos entrevistados acredita que não conseguirá se deslocar com a mesma frequência de antes da pandemia, mesmo com o fim das medidas de isolamento social adotadas pelos governos locais. Confira os dados completos.