Uma startup aeroespacial, cujos quatro fundadores têm raízes na SpaceX, Blue Origin e Generation Orbit, vai receber financiamento para, juntamente com a Força Aérea dos EUA e o Departamento de Defesa, desenvolver jatos hipersônicos – entre eles, o Força Aérea 1, o avião presidencial americano (não será por agora: à frente na fila está o Boing 7470-8, modelo que substituirá os aviões da frota presidencial no ano que vem).
A Hermeus concluiu em março os testes com aquele que é a promessa para impulsionar os negócios da startup: um motor de ciclo combinado baseado em turbina para o sistema de propulsão, capaz de alcançar 6 175 km/h, ou cinco vezes a velocidade do som (esse é o limite que separa velocidades supersônicas de hipersônicas). O próximo passo é desenvolver uma aeronave de teste.
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A empresa já abriu vagas para engenheiros aeroespaciais para construir seu primeiro avião hipersônico.Fonte: Hermeus/Divulgação
O planeta conheceu a era supersônica comercial já nos anos 1960, com os dois únicos aviões comerciais que voaram acima da barreira do som: o soviético Tupolev TU-144 (Mach2.35, ou 2.550 km/h) e o francês Concorde (Mach2.04, ou 2.215 km/h).
Alto custo operacional, passagens astronomicamente caras, consumo proibitivo de combustível e acidentes encerraram a carreira de ambos – o derradeiro voo do Concorde, em 2003, foi também o último da aviação comercial supersônica (hoje, aviões que voam acima de Mach1 são militares).
Engenharia, não ciência
A Hermeus surgiu ano passado, declarando que a tecnologia evoluiu e amadureceu, tornando possível e economicamente viável a aviação comercial hipersônica. Em uma rodada inicial de financiamento, a starup levantou capital suficiente para projetar, construir e testar o protótipo do seu motor.
O diretor de Operações da empresa e também um dos cofundadores, Skyler Shuford, disse que a empresa planeja construir, no prazo de cinco anos, uma aeronave de demonstração e, até o fim da próxima década, aeronaves hipersônicas comerciais.
"Não estamos fazendo nenhum milagre. Queremos fazer engenharia, não ciência". disse Shuford ao site Ars Technica.
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